Diário Bokarrinense de Florianópoli$ e exploração do Turi$mo $exual
O PIOR Club
de Comunicação de Florianópoli$
El PEOR Club de
Comunicación de Florianópoli$
The WORST
Communication Club de Florianópoli$
E ainda pedem
“explicações” para a Educação...
Leia sobre o assunto:
Original da capa do encarte on line, clicando aqui.
Pegou muito
mal a veiculação de anúncio de uma casa de shows eróticos de Florianópolis em
um encarte especial dentro do maior jornal de Santa Catarina. Na edição desta
terça-feira (18), início do Congresso Técnico da FIFA, o jornal Diário
Catarinense veiculou um encarte turístico direcionado aos estrangeiros que
participam do evento, com patrocínio do Bokarra Club.
Com o título
de Welcome To Floripa, a publicação é um guia com endereços de
restaurantes, casas de show, bares e lanchonetes, em três linguas. Foi
encartado na edição de ontem e distribuido no hotel/resort onde está sendo
realizado o Congresso Técnico da Fifa, no norte da Ilha de Santa Catarina.
Trouxe na capa e contracapa a publicidade do famoso clube de striptease.
Muitas foram
as reações indignadas nas redes sociais. Todos foram unânimes em declarar total
repúdio à esta publicação que conotava uma abordagem ao turismo sexual em
Florianópolis.
Leia algumas das repercussões
"Suplemento
de turismo do @DCatarinense direcionado aos visitantes do Congresso da FIFA tem
o patrocínio do Bokarra. Vendem turismo sexual!" - (Paulo Arenhart)
"Florianópolis
do Turismo Sexual! Diário Catarinense destaca publicidade do Bocarra. Página
colorida no caderno especial sobre evento da copa" - (Fabio Machado)
"Está
ganhando contorno de escândalo o material distribuído nesta terça (17) no
Congresso da Fifa, que apresenta Florianópolis como paraíso do turismo sexual,
com a propaganda de uma conhecida casa de tolerância. Autoridades estaduais e
municipais estão totalmente constrangidas e revoltadas com a publicidade
abusiva e escrota. Já deu confusão inclusive com a direção do resort.
Em tempo: só o governo do Estado gastou mais de R$ 3 milhões em apoio ao
evento." - (Carlos Damião)
Um suplemento
especial do Diário Catarinense, principal jornal de Santa Catarina, está
revoltando moradores do estado nesta terça-feira (18). O caderno intitulado Welcome
to Floripa traz na capa e contracapa a publicidade de um famoso clube de
striptease local. A imagem das meninas de biquíni fio dental acompanha o guia
cultural sobre como os turistas podem aproveitar Florianópolis.
"Bem-vindos
a Floripa, a capital da prostituição", criticou o advogado Manoel Menezes,
um dos internautas que esbravejaram contra o Diário Catarinense. "Para o
país que luta contra o turismo sexual e contra a 'imagem' do país da putaria e
da baixaria, isso é um tanto quanto contraditório", postou. A mensagem
dele foi compartilhada por centenas de catarinenses.
Usuários de
redes sociais se incomodaram com a ideia da propaganda reforçar o turismo
sexual”
Após gerar
revolta dos leitores com o anúncio publicitário de uma casa de striptease na
capa e contracapa do suplemento de turismo, o jornal Diário Catarinense
publicou um pedido de desculpas em sua página no Facebook. No texto, o veículo
afirma que pretende reforçar a "política comercial”.
Pensando em
garantir não somente a legalidade, mas também a qualidade e a integridade dos
conteúdos dos anúncios que publicamos, já adotamos uma política comercial
bastante restritiva. Diante desse episódio, percebemos a necessidade de revisar
essas diretrizes e torná-las ainda mais rigorosas. É nosso compromisso com
vocês colocá-las em prática a partir de agora.
A edição
impressa do Diário Catarinense, um dos jornais mais populares de Santa
Catarina, desta terça-feira (18) gerou revolta nas redes sociais ao publicar um
anúncio da casa de striptease Bokarra. A publicidade foi veiculada em três
idiomas: português, espanhol e inglês e coincide com a presença de
representantes das seleções que participarão da Copa do Mundo no Congresso
Técnico da Fifa.
Usuários de
redes sociais se incomodaram com a ideia da propaganda reforçar o turismo
sexual no Brasil, em ano de Copa do Mundo.
O desconforto
também resulta do fato de o anúncio fortalecer a imagem, por vezes combatida,
da mulher brasileira associada à prostituição. O título da peça publicitária é
"Welcome to Florianopolis", ilustrado por imagens de mulheres
seminuas.
Facebook: 19
de fevereiro de 2014
Pedimos desculpas aos nossos leitores
e a todos aqueles que se sentiram constrangidos ou incomodados com os anúncios
da capa e contracapa publicados no suplemento "Welcome to Floripa",
no DC de hoje. Pensando em garantir não somente a legalidade, mas também a
qualidade e a integridade dos conteúdos dos anúncios que publicamos, já
adotamos uma política comercial bastante restritiva. Diante desse episódio,
percebemos a necessidade de revisar essas diretrizes e torná-las ainda mais
rigorosas. É nosso compromisso com vocês colocá-las em prática a partir de
agora.
Campanha educacional do Grupo RBS
Liderado pelo
grupo RBS e auxiliado pela Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho (FMSS) o projeto
tem em mente, melhorar a educação básica brasileira, principalmente a do Rio
Grande do Sul e de Santa Catarina.
“RBS TV lança vídeo com a Mula Sem
Cabeça na campanha pela educação”
Jornal do Almoço SC
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14 mai 2013
Comentário na Rádio Onda Jovem (Sul do
Estado de SC), hoje de manhã (14), sobre o Prêmio RBS de Educação:
“A educação é
um direito de todos e um dever do Estado. Por isso, cabe ao poder público
estabelecer uma política educacional que prepare as pessoas, dentro de uma
perspectiva libertária, para atuarem conscientemente no desenvolvimento da sociedade.
Isso tem que acontecer do ensino primário ao universitário. Para tanto, é
preciso boas escolas, excelentes laboratórios, grandes bibliotecas e salários
justos para os professores e os funcionários ligados à educação. Na Coreia do
Sul professor e engenheiro recebem a mesma remuneração.
Campanhas em
favor da educação deve fazer o Estado e não empresas privadas. O Banco Mundial,
com sede nos Estados Unidos, a partir dos anos 1980, deixou de se preocupar só
com dinheiro e passou a se meter na educação. Sabem por que? Este banco estava
interessado em se apropriar de toda a pesquisa feita nas universidades
latino-americanas para repassá-las às empresas multinacionais. Isto é um crime,
já que as universidades públicas são custeadas pelo dinheiro do contribuinte e
devem fazer ciência e produzir conhecimento para melhorar a vida da população e
não de proprietários de grandes empresas.
Portanto,
muito cuidado com o “Prêmio RBS de Educação – para compreender o mundo” lançado
ontem em todo o Estado de Santa Catarina. A RBS faz campanha em favor da
educação, como também do agasalho, com o único objetivo de ser bem vista pela
população e logo em seguida fazer com que esta mesma população acredite nas
notícias que ela divulga.
Por que a RBS
não faz campanha em favor de um salário melhor para todos os professores de
Santa Catarina? Por que a RBS não faz campanha por um salário mínimo mais
condizente para realizar o bem estar do povo brasileiro? Por que a RBS não paga
um salário melhor para seus jornalistas?
A senhora
Sirlei é uma mulher simples que mora em um bairro pobre de Florianópolis, a
Serrinha. Tem dois filhos que estudam em uma escola pública. Às vezes, ela leva
o filho para o trabalho quando não há aula. Ela escutou na TV o “Prêmio RBS de
Educação” e toda a explicação dada e virando-se para mim disse: “Isso é
propaganda enganosa”.
Não basta,
apenas, fazer campanha em favor da leitura. É preciso saber o que lê; é
importante discutir o que se lê; é necessário criticar o que se lê. Este é o
verdadeiro trabalho de qualquer pessoa que luta para que a sociedade seja mais
consciente de seus problemas, se organize e promova a solução de seus
conflitos. E cabe ao professor e a professora em sala de aula estimular isso.
Claro que o
“Prêmio RBS de Educação” não vai realizar este trabalho. Espero que todos os
professores do Estado de Santa Catarina não se deixem enganar pelo canto da
sereia e denunciem em sala de aula, a seus alunos, a farsa do “Premio RBS de
Educação”. E denunciem, também, a presença vergonhosa do secretário de Educação
do Estado – Eduardo Dechamps – e do secretário municipal de educação de
Florianópolis – Rodolfo Pinto da Luz – , no lançamento deste prêmio. A educação
não é mercadoria!”
Waldir
Rampinelli é professor do Departamento de História da Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC)
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COMENTÁRIOS
DE FILOSOMÍDIA SOBRE ESSA CAMPANHA E OUTRAS
25 jun 2013
Trecho:
(...) Nesses casos acima não é só a “educação” quem “precisa de
respostas”, senão a própria “comunicação” é quem deve dar satisfação dos golpes
que desfere contra a cidadania, contra o direito à informação de qualidade,
visivelmente contra os direitos de dignidade de crianças e adolescentes vistos
como consumidores mirins, como meninos e meninas no mundo do anti-lúdico
mercado da diversão e do infotenimento como meios de desqualificação e negação
de sua infância e juventude.
A rede de comunicação sem pé nem cabeça, e certamente sem
coração, sabe muito bem o que, e como fazer a confusão dos sentidos, e enquanto
enchemos seus bolsos com os rios de dinheiro que circulam nesse mundo de
menininhas arremedando “gente grande” irresponsável – da educação e da comunicação
– quem sai perdendo são as crianças e adolescentes no meio dessa insanidade a
mídia metendo o nariz e a mão onde ela, se entende de tudo, no mínimo deve ser
chamada para explicar o que não deve fazer: ser autoritária, mentirosa,
abusadora de menores, pedagófila.
Leia também:
"Conheça denúncias sobre o turismo sexual nas copas", em Carta Capital (26/02/2014), clicando aqui.