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quarta-feira, 14 de março de 2012

Somos um todo...


Somos um todo

Célia Laborne Tavares

A maioria dos homens está habituada a pensar na vida como se eles fossem as únicas expressões viventes no planeta. Entretanto, somos um todo interdependente.

Além das energias que nos envolvem “convivemos” com os reinos; elementais, minerais, vegetais, animais, humanos, angélicos e espirituais. Cada qual tem o seu trabalho evolutivo próprio, porém formando um conjunto que deve ser o mais harmonioso possível.

A humanidade é um elemento de ligação entre o mais primário e o mais elevado, ou superior, ela só pode cumprir bem sua missão se estiver consciente de seu papel e da intercomunicação que existe entre tudo, do mais sutil ao mais denso.

O homem é um canal que, quando livre e desobstruído, pode captar energias superiores e expressá-las nos reinos materiais e até inferiores (inferior como grau e não como pejorativo).

O homem pode, por exemplo, entrar em sintonia e até contato com o reino angélico que trabalha na construção das formas físicas de vários reinos, ou com a dimensão espiritual da energia crística, que tudo rege.

A humanidade ainda não se deu conta de que a Terra está doente pela exploração desordenada de suas riquezas e frutos, pela poluição do seu interior e exterior das águas, pela devastação de seu solo e o desmatamento de florestas.

A crosta da Terra é como a pele do corpo humano. Tem também uma parte de energia com seus vórtices (ou chacras) como tem o homem e está sendo desorganizada em todos os seus níveis de alinhamento vital. Está esfolada, ferida, envenenada, etc.

O trabalho atual do homem é reconstruí-la, harmonizar-se com ela seus reinos e suas leis. Mas isso só pode ser feito na medida em que o homem conhecer as leis que o regem e que regem todos os planos do Universo.

O homem veio para servir e libertar-se de limites atingindo o plano cósmico; entretanto, ele está agindo como se fosse o dono de tudo e só lhe interessasse o prazer e o usufruir de todos os bens. Isso enche de dívidas para com a natureza e os irmãos planetários e o prende mais a seus limites.

Pela incompreensão de seu verdadeiro papel ele se desorganiza, adoece e desorganiza as energias naturais que o envolvem provocando, coletivamente, nuvens desarmônicas e agressivas; desajustes e doenças de toda espécie hoje se manifestam em todo mundo, pois a humanidade é um grande centro energético de todo o planeta.

A função humana e sua missão são construtivas e não destrutivas. Seu dever é de responsabilidade e não esse “vale-tudo” que se vê hoje em dia como norma de uma vida moderna.

Reproduzido do Blog Vida em Plenitude
04 mar 2011



Comentário de Filosomídia:

Enquanto isso, infelizmente, as "terras raras" desse mundo são tomadas como coisas de uns, e as sementes trazidas pelo progresso não produzem frutos para todos...

O belo poema/canção de amor, a tudo e a todos, de Célia Laborne Tavares nos inspira a sermos responsáveis, honestos com essa força cósmica que nos anima, a sermos comprometidos na missão de construir um Outro Mundo a partir dos destroços que os "poderosos" fizeram nesse que vai-se transformando, enquanto nos transformamos no bem viver...

Que as crianças, nas casas, nas ruas, nos parques, nas escolas se inteirem de sua cidadania cósmica, e ajudem por sua graça a re-construir esse Mundo...

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Toda mudança de paradigma civilizatório é precedido por uma revolução na cosmologia


"Toda mudança de paradigma civilizatório é precedido por uma revolução na cosmologia (visão do universo e da vida). O mundo atual surgiu com a extraordinária revolução que Copérnico e Galileo Galilei  introduziram ao comprovarem que a Terra não era um centro estável, mas que girava ao redor do sol. Isso gerou enorme crise nas mentes e na Igreja, pois parecia que tudo perdia centralidade e valor. Mas lentamente impôs-se a nova cosmologia que fundamentalmente perdura até hoje nas escolas, nos negócios e na leitura do curso geral das coisas. Manteve-se, porém, o antropocentrismo, a ideia de que o ser humano continua sendo o centro de tudo e as coisas são destinadas ao seu bel-prazer.

(...) A partir desta nova cosmologia,  nossa vida, a Terra e todos os seres, nossas instituições, a ciência, a técnica, a educação, as artes, as filosofias e as religiões devem ser resignificadas. Tudo e tudo são emergências deste universo em evolução, dependem de suas condições iniciais e devem ser compreendidas no interior deste universo vivo, inteligente, auto-organizativo e ascendente rumo a ordens ainda mais altas.

Esta revolução não provocou ainda uma crise semelhante a do século XVI, pois não penetrou suficientemente nas mentes da maioria  da humanidade, nem da inteligentzia, muito menos nos empresários e nos governantes. Mas ela está presente no pensamento ecológico, sistêmico, holístico e em muitos educadores, fundando o paradigma da nova era, o ecozóico".

Leonardo Boff

Leia o texto completo na página do Brasil de Fato clicando aqui.

Leia também o texto de Moacir Gadotti, "A ecopedagogia como pedagogia apropriada ao processo da Carta da Terra", clicando aqui.