FNDC repudia declarações do ministro
Paulo Bernardo à revista Veja
Coordenação Executiva do Fórum
Fórum Nacional pela Democratização da
Comunicação
28/06/2013
Em meio a uma
série de manifestações legítimas realizadas pela população brasileira por
transformações sociais, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação
(FNDC) continua atuando e contribuindo com a luta pela democratização dos meios
de comunicação, pauta expressa continuamente pela população nas ruas. Em todos
os estados do país, acontecem manifestações e assembleias populares que
expressam o descontentamento do povo com a mídia hegemônica brasileira.
A situação de
monopólio das comunicações no Brasil afeta diretamente a democracia nacional, e
possibilita que grupos empresariais de comunicação manipulem a opinião pública
de acordo com seus próprios interesses. Isto ficou mais do que claro nas
últimas semanas: a grande mídia criminalizou os protestos durante as primeiras
manifestações e depois partiu para a tentativa de ressignificação dos
movimentos, com o objetivo de pautar as vozes das ruas.
Apesar desses
fatos, o Ministério das Comunicações insiste em não propor ou apoiar a
regulamentação dos meios de comunicação no Brasil. E mais: tem se apresentado
como guardião dos interesses dos próprios donos da mídia. A fala do atual
ministro, Paulo Bernardo, em entrevista à revista Veja desta semana, é uma
afronta aos lutadores históricos pela democratização da comunicação e à
população brasileira como um todo.
O ministro
valida, na entrevista, a teoria conspiratória de que “a militância pretende
controlar a mídia” e, novamente – não é a primeira vez que se vale desse
artifício –, tenta confundir o debate da democratização das comunicações ao
tratar a proposta popular como uma censura à mídia impressa.
Ora, é de
conhecimento público que o projeto de Lei da Mídia Democrática, um projeto de
iniciativa popular realizado pelos movimentos sociais para democratizar as
comunicações no Brasil, não propõe a regulação da mídia impressa, muito menos a
censura. É uma proposta de regulamentação para o setor das rádios e televisões
no país para a efetiva execução dos artigos 5, 220, 221, 222 e 223, que
proíbem, inclusive, os oligopólios e monopólios no setor. No Brasil, 70% da
mídia no Brasil são controlados por poucas famílias, que dominam os meios de
comunicação, que são concessões públicas. Dessa maneira, estabelecer normas não
é censurar, mas garantir o direito à liberdade de expressão de todos os
brasileiros e não apenas de uma pequena oligarquia.
Ao se
posicionar contrariamente ao que definiram a nossa Carta Magna e as
deliberações das 1ª Conferência Nacional de Comunicação, Paulo Bernardo
despreza as vozes que ecoaram em todas as ruas nas últimas semanas e de todo
conjunto da sociedade civil de nosso país, que há meses definiu a
democratização das comunicações como uma de suas bandeiras principais de luta.
Diante desses
acontecimentos, o FNDC vem a público repudiar o posicionamento do ministro e
informar que, nesta semana, protocolou mais uma vez um pedido de audiência com
a presidenta Dilma Roussef (o primeiro foi enviado em setembro do ano passado),
que abriu sua agenda para receber os movimentos sociais brasileiros, para
apresentar a campanha “Para Expressar a Liberdade”, o projeto de Lei da Mídia
Democrática.
Reproduzido
de Clipping
FNDC
28 jun 2013
Leia também:
"Veja: Entrevista com Paulo Bernardo - contra dois inimigos sombrios" no Clipping do FNDC, clicando aqui.
"Paulo Bernardo se rende à Veja" (24/06/13), por Altamiro Borges, clicando aqui.
"CUT repudia fala de Paulo Bernardo sobre regulação da mídia" (25/06/13), na página da Central Única dos Trabalhadores, clicando aqui.
"Emir Sader: Governo paga caro por não ter democratizado a mídia" (26/06/13) em Viomundo, clicando aqui.
"A orfandade das derrotas", por Emir Sader (12/08/11) em Carta Maior, clicando aqui.
"Veja: Entrevista com Paulo Bernardo - contra dois inimigos sombrios" no Clipping do FNDC, clicando aqui.
"Paulo Bernardo se rende à Veja" (24/06/13), por Altamiro Borges, clicando aqui.
"CUT repudia fala de Paulo Bernardo sobre regulação da mídia" (25/06/13), na página da Central Única dos Trabalhadores, clicando aqui.
"Emir Sader: Governo paga caro por não ter democratizado a mídia" (26/06/13) em Viomundo, clicando aqui.
"A orfandade das derrotas", por Emir Sader (12/08/11) em Carta Maior, clicando aqui.
Pasme com a Veja e o Ministro, clicando aqui.
Um comentário:
Ola,
Se repete a situacao daquela ministra da cultura infame que detonou parte do trabalho realizado na gestao Lula, A responsabilidade pelas acoes destes quinta coluna e da presidenta que nos deve uma explicacao para o motivo de manter esta gente colocando em risco o projeto politico de grande parte da populacao para o Brasil.
Estamos de fato em perigo com esta lideranca incapaz.
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