Blog Filosomídia: 100 mil visitas dos 99%
“Nós precisamos libertar a mídia – e vamos
fazê-lo”.
Amy Goodman .
The exception to the rulers (2004)
Inspirado nos textos e conceitos socializados por Enrique Dussel e sua
“Filosofia da Libertação”, o blog Filosomídia iniciou sua série de postagens e
abertura à visitação pública em dezembro de 2010, depois da qualificação do
projeto de mestrado “Telejornais e crianças no Brasil: a ponta do
iceberg”, dissertação defendida no PPGE/UFSC, na linha de Educação e
Comunicação no final de 2011. Quando criado no início de meus caminhos na
pós-graduação em 2009, o blog se propôs a fazer um clipping de notícias,
indicação de documentos, eventos, grupos, associações, centros de pesquisa,
artigos e outras referências aos temas abordados no percurso do meu próprio texto.
Assim, ao longo do tempo, ele acabou se tornando um verdadeiro mapa pelos
lugares por onde passei nessa viagem que parece não ter fim.
Neste final de semana passado (24/25 nov 2012) o blog alcançou a marca
de 100 mil visitas de navegadores talvez em busca das mesmas referências que
foram importantes para mim, cuja origem pode ser conferida nos “pontos” do
globo terrestre ao pé da "página", no "menu" da barra
lateral direita.
Com muito orgulho, nesse meio tempo o blog foi considerado uma fonte de
consultas aos temas estudados por mim, e colaborou para divulgar questões como
a luta pela democratização dos meios de comunicação, as políticas públicas para
o setor, os esforços de tantos outros insurgentes (críticos, blogueiros
progressistas e blogueiros sujos) que defendem o marco regulatório para o setor
e o reconhecimento da comunicação como um direito humano, temáticas debatidas
hoje contidas no caderno de propostas da I CONFECOM (2009).
O blog Filosomídia também pontua questões recentes levantadas ao debate
do setor por articulistas, pesquisadores, comunicadores, jornalistas,
educadores e professores, notadamente por aqueles que defendem um
"basta" à atual situação onde mega corporações e oligarquias querem
defender a manutenção da ordem e da ideologia imperante, a lógica do mercado
determinando tudo nesse capitalismo des-humanizador, ou seja, aprisionando
consciências a uma ideia hegemônica, que disfarça de lazer, entretenimento e
infotenimento, o que seja exploração do outro por uma elite encastelada nos
poderes, legitimada pelo que chama de democracia, liberdade de expressão e da
imprensa etc. Algo muitas vezes defendido até nas elites do meio acadêmico
re-produzindo tal pensamento em seus discursos que passam ao largo das
reivindicações dos movimentos sociais e populares. Regula, Dilma!
As mídias, entendidas como os aparatos e veículos de comunicação das
corporações e famílias que controlam os meios de produção dessa cultura
internalizada e naturalizada por muitos, estão concentradas nas mãos de
pouquíssimas famílias e suas empresas pelo planeta, o que também acontece no
Brasil, talvez de maneira mais acirrada nessa selva midiática, visto o grau de
profunda dependência e colonização do pensamento característicos no país. Suas falsas caras, páginas e telas estão em toda parte.
Como Dussel que defende a libertação de todas as formas de
exploração/opressão e também Amy Goodman, concordo que “precisamos libertar as
mídias” desse estado de coisas, já que ao longo de minhas investigações percebi
e defendo a tese de que é o “Mercado” e os mega-empresários quem mandam; a “Política”
e os “polititicos” quem obedecem; a “Educação” e os professores quem “formatam”
as pessoas para esse mundo capitalista determinado por uma “elite” e, a
“Comunicação” e os formadores de opinião é quem fazem a propaganda desse mundo
do livre mercado, literalmente cercando as pessoas por todos os lados, por
(quase) todos os veículos de comunicação, (quase) todas as mídias, (quase)
controlando o que cada um e a sociedade devem pensar, saber, obedecer.
Considerando o conhecimento “acumulado” pela humanidade nas esferas do
pensamento religioso, filosófico e científico perfazendo uma pirâmide
des-equilibrada na balança dos banqueiros e nas bancas acadêmicas que terminam
por legitimar informações que fizeram uma versão unilateral da história,
defendo que essa “libertação” dos meios de Educação e Comunicação se dará à
medida que cada um e muitos forem se auto-conhecendo e auto-conscientizando,
tomando conhecimento de sua dignidade humana, seguindo juntos nas fileiras que
ganham as ruas e abraços em cada um dos quatros cantos do planeta,
organizando-se para fazer o mundo que queremos, com Sabedoria e pela plenitude
da cidadania e cosmocidadania do Bem Viver para todos.
Mil batalhas estão sendo vencidas dia a dia, e um Outro
Tempo/Espaço de fazer/saber/poder/poder e amar se anuncia também pela
libertação das vozes e rostos até então en-cobertos pelas mídias controladas e
controladoras. Sorrisos de alegria se abrirão no Bem Con-viver por mil outrora anônimos cidadãos entristecidos...
Que venham às mídias as criancinhas...
Passo re-evolutivo nessa história sem fim de buscas e entregas à
harmonia, cósmica...
O Blog Filosomídia está nessas fileiras que ajuntam gentes para
libertas as mídias. E vamos conseguí-la. Em breve, seremos os 100%! E, temos um nome: Liberdade!
Leo Nogueira Paqonawta
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