Professores
de ensino médio começam a receber tablets
Brasília - O
ministro da Educação, Aloizio Mercadante, entregou 200 tablets aos
coordenadores estaduais do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo
Integrado) e representantes de 18 universidades federais participantes do
programa. Os equipamentos são destinados à capacitação de professores. “Há uma
demanda explosiva por educação no Brasil. A desigualdade social está na
escola”, disse o ministro em solenidade realizada hoje (20, em Brasília.
Para Mercadante, começar
a capacitação dos tablets pelo professor do ensino médio é
estratégico. “Estamos discutindo em como melhorar o ensino médio e temos que
fortalecer o professor dentro de sala de aula e o melhor caminho é o tablet”,
avaliou Mercadante.
Reproduzido
de EBC
20
nov 2012
Foto de Marcello
Casal Jr./ABr
Comentário de Filosomídia:
"A desigualdade social está na escola"... (...) "temos que fortalecer o professor dentro da sala de aula e o melhor caminho é o tablet"...
Então, eu pergunto:
A política educacional é distribuir tablets e não discutir os conteúdos/práticas que são re-produzidos eternamente para o azeitamento da maquinaria educacional, cultural e comunicacional?
A desigualdade social não está sendo promovida também pelo MEC no descaso pelas políticas públicas públicas que promovam a democratização nos meios de educação, cultura e comunicação, a "autonomia" dos sujeitos "participativos", "críticos", "criadores" e "produtores de cultura"?
O que se falar do monopólio nos meios de comunicação, na homogeneização e pasteurização dos a-sujeitos, pelas escolas e mídias, a quem se promove a exclusão por todas as formas?
Então, o tablet fortalecerá o professor dentro da sala de aula? Os 200 coordenadores do Proinfo que "ganharam" tablet agora envidarão esforços para que os demais milhões de professores do país ganhem, também do MEC, um suprimento de Biotônico Fontoura para ficarem mais "fortalecidos" até o fim da carreira docente e a aposentadoria?
E para o Ensino Fundamenta? O que vitaminará o trabalho docente para conseguir segurar o tranco da "demanda explosiva por educação no Brasil"? Pílulas de antidepressivo e injeções de ânimo serão ministradas para fortalecer o professor dos anos iniciais e finais, impotentes e fracos diante de alunos clamando por dignidade, ao invés do cheque de informação, conhecimento da educação bancária?
Onde ficam os seres que dis-cordam disso tudo, senão na luta pela libertação dessas amarras e amarrados do MEC?
Mas, que declarações esquisitas! Que medidas desprovidas de sabedoria... Que discurso ministerial fraquinho a ser combatido...
Leo Nogueira Paqonawta
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