Emir Sader, em congresso
da Clacso no México (06-09/11/12):
“Cabem
às universidades públicas combater a ‘alienação’ e propor políticas que ampliem
os direitos do cidadão”
Matéria da Carta Maior, por Marcel Gomes (07/11/12) indicada abaixo).
...Nesse meio acadêmico
público tão cheio de mortos-vivos a re-produzir essa anti-vida caótica do mundo
em decadência, esses zumbis se fazem de arrogantes representantes de uma
des-ordem mundial pela qual têm especial apreço e, multiplicam por mil e um
conteúdos e formas o que legitimam como saber para todos os demais
sub-viventes, os homens e mulheres “alienados” de sua dignidade como seres de
um universo bem provável infinito.
Tratam a universidade e
seus setores como coisa privada, como clube de afins que se reúnem para, no
mais das vezes, se adularem uns aos outros na soberba de quem manda fazer as
receitas e discursos na cozinha e, dão ordens à senzala submissa que lhes serve
a vaidade para manter a ordem imperante, intocável, impoluta.
São tão poucos os homens
e mulheres dignos nesses campus desérticos quantos são numerosos, como as
estrelas visíveis no céu noturno, aqueles acadêmicos e anêmicos que deslizam
superioridade entre corredores e salas apinhadas de gente para abastecer o mercado
de trabalho feito campo de guerra e de morticínio. Mas, o relativo brilho dessas
senhoras e senhores cultos não é senão o vernizinho ou decoração feito de ouro
roubado das terras e suas gentes simples - e ignorantes - querendo des-enfeiar
suas asinhas de anjos decaídos e membros pequenininhos em contraste ao ego
agigantado e mandão.
Pesquisitice aguda,
corpos docentes, doentes, in-sanos, pobreza espiritual pura. Sabedoria zero, à
esquerda e à direitice conservadora e mantida à óleo de Peroba que lustra seus
altares e congressos de santos do pau oco. Des-educação, anti-educação,
educação à distância da “universidade necessária”, isso o que nossos doutores
da hegemônica lei acadêmica re-produzem na academia pública.
“Não há educação
significativa sem o combate à alienação", aponta Emir Sader, “que os cientistas sociais pulem os muros das
universidades e façam a teoria sobre a prática política”, nos fala o texto.
E, das Estrelas
infinitas chega o Quetzalcoatl - a Serpente Emplumada - para chamar, com-vocar,
e-levar os cientistas sociais, pesquisadores e eternos estudantes à luta por um
mundo melhor e do Bem Viver para todos quando essa antiga estrutura des-humana
vai ruindo e virando pó nessa história infeliz que produziu e quis perpetuar
esse estado de coisas. O tempo/espaço de vocês - Novos Velhos Acadêmicos - acabou.
Chega!
Que venha a Guerra, que
venha a Luz, que os homens e as mulheres de bem já se amam e se armam para
acabar com tudo isso e re-criar esse Outro Mundo!
Dá-lhes, Sader!
Leo Nogueira Paqonawta
Filosomídia
Leia o texto
completo de Emir Sader na Carta Maior (07/11/12)
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