domingo, 19 de agosto de 2012

Filme estrelado por atores com síndrome de Down é aclamado em Gramado



Filme estrelado por atores com síndrome de Down é aclamado em Gramado

"Colegas" é uma aventura fantasiosa dirigida por Marcelo Galvão; longa deve estrear nos cinemas em novembro

Marco Tomazzoni 
Enviado a Gramado 
14/08/2012

Se o documentário "Futuro do Pretérito" havia sido bem recebido no domingo na 40ª edição do Festival de Gramado, a exibição de "Colegas", na noite de segunda-feira (14), se mostrou bem superior. O público bateu palmas em cena aberta e aplaudiu de pé ao final do filme, protagonizado por atores com síndrome de Down.

O "road movie" mostra uma garota e dois garotos, portadores da deficiência, que fogem do instituto onde vivem no Karmann Ghia vermelho do jardineiro (Lima Duarte), inspirados depois de ver "Thelma e Louise". Usando máscaras de palhaço, roubam lojas pelo caminho, cada um querendo realizar um sonho: ver o mar, se casar e voar.
Tudo num clima de aventura e humor leve e adorável, mas que não pareceu atrativo para os investidores. "A arrecadação de recursos foi a parte mais difícil. Os empresários achavam que iam atrelar sua marca à síndrome de Down, e que isso não seria bom", comentou o diretor Marcelo Galvão na terça-feira (14).

Responsável também por filmes como "Rinha" e "Bellini e o Demônio", ambos de 2008, Galvão fez testes com mais de 300 jovens em busca do elenco. Daí saiu Breno Viola e boa parte dos figurantes. Para escalar os outros dois protagonistas, foi mais fácil: casados na vida real, Ariel Goldenberg e Rita Pokk já haviam aparecido no documentário "Do Luto à Luta" (2005), de Evaldo Mocarzel.

O diretor admitiu ter crescido convivendo com um tio com síndrome de Down, ao contrário de boa parte da população, que vê os portadores com preconceito. "O principal problema é o desconhecimento. A partir do primeiro contato, a gente quer sempre estar ali, ao lado deles."

Definindo seu trabalho como uma comédia infanto-juvenil, Galvão aposta que "Colegas", com estreia prevista para novembro, terá recepção especial entre as crianças. "Acho que vai virar referência entre filmes de infância", afirmou. "A partir dele, as pessoas vão desenvolver um olhar diferente para a síndrome de Down."

Se depender do otimismo dos atores, a batalha já está ganha. Ariel disse esperar que o filme faça um "sucesso fenomenal", enquanto Rita, sem se importar com a modéstia, já ensaiava o discurso para subir no palco na entrega dos Kikitos, "esse Oscar".

"Foi tão bom fazer esse filme, uma energia tão boa, que isso ficou impresso na tela", finalizou o diretor.

Fantasia cinéfila

Um pouco antes da exibição no Palácio dos Festivais, Marcelo Galvão deu um conselho: "Esqueçam que os atores têm síndrome de Down e viajem na história". Nem precisava. Em pouco tempo, o público mergulha sem dificuldade nessa grande homenagem ao cinema que é "Colegas".

A trama é repleta de referências principalmente a filmes hollywoodianos, a começar pelo nome de um dos personagens principais, Stalone. É a ponta de um novelo que se vai desfiando ao longo de todo o filme. Dos diálogos ao cenário, há garantia de diversão para qualquer fissurado em cultura pop. "Homens de Preto", "Pulp Fiction", "Cães de Aluguel", "E o Vento Levou", "Jules e Jim - Uma Mulher para Dois", "Psicose", "A Vida é Bela"... A lista é longa, e se encaixa com perfeição no mundo de fantasia criado pelo diretor.

"Colegas" se passa num universo onírico, longe da realidade. Stalone, Aninha e Márcio, o trio protagonista, fogem do instituto em que viviam usando pijamas, e ficam assim boa parte da história, só alternando para usarem roupas de super-herói, de sultão e de princesa.

Enquanto disparam de carro por estradas poeirentas, ainda atravessam um campo de girassóis, passeiam pelas falésias do litoral norte gaúcho, andam de balão e vão parar em Buenos Aires, tudo embalado pela direção de fotografia cristalina de Rodrigo Tavares. Nessa intimidade que se cria com o espectador, tudo passa a ser possível.
Aliada às belas imagens, a trilha sonora original de Ed Côrtes conquista, ainda mais pelo punhado de canções de Raul Seixas (ele mesmo um personagem) que embalam a história. Mas "Colegas" ainda se apoia no carisma de seus personagens e em um humor fácil, debochado, às vezes negro e até corrosivo – o retrato dos jornalistas que fazem a cobertura dos "ladrões perigosos" é impagável.

Plural desse jeito, o filme tem potencial para agradar aos públicos mais diversos. A princípio, o politicamente correto tornava quase que obrigatório falar bem de um filme estrelado por atores com uma deficiência. "Colegas" não precisa desse sentimento: é excelente.

Reproduzido de Último Segundo/IG
14 ago 2012



Comentário de Filosomídia:

Que bacana! Quero assistir ao filme ao menos 10 vezes!

25 de agosto é dia Nacional da "Marcha Contra a Mídia Machista" no Brasil!



25 de agosto é dia Nacional da "Marcha Contra a Mídia Machista" no Brasil! 

"Nós queremos dizer que os dias de "passividade" acabaram"

Nada causa mais horror a ordem que Mulheres que LUTAM E SONHAM!
Participe homens, crianças & mulheres! 

(post.p/A.C.adm.pag)

Via Celso Amorim Facebook

Assange faz Equador levantar “bandeira anti-imperialista”



Assange faz Equador levantar “bandeira anti-imperialista”

Por Redação, com BBC Brasil - de Brasília
17/8/2012

Quando Julian Assange pediu asilo pela primeira vez na embaixada do Equador, há dois meses, ele havia faltado a audiências na Justiça e tentava postergar o dia em que seria extraditado para a Suécia para responder a acusações de crime sexual.

Naquele momento, o governo de Quito tinha o cuidado de afirmar que não desejava deteriorar suas relações diplomáticas com a Grã-Bretanha. A chancelaria britânica insistiu que desejava uma saída negociada para a saia-justa.

Mas o que ficou claro nesta semana é que não há muito espaço para concessões. Embora o governo britânico afirme que deseja continuar as negociações, também diz categoricamente que Assange não terá salvo-conduto para sair do país e não negociará com a Suécia seu compromisso de extradição.

A Grã-Bretanha “não recuou uma polegada”, segundo o chanceler equatoriano Ricardo Patiño, e o que vinha sendo um diálogo amistoso se transformou em ameaça e chantagem explícita.

Mas o que particularmente enfureceu o Equador foi a insinuação feita pela Grã-Bretanha de que o país poderia usar uma lei britânica de 1987 para revogar o status de embaixada do edifício ocupado pela representação equatoriana para permitir que a polícia entrasse no local e prendesse Assange.

Se isso funcionasse, seria uma forma mais fácil de pôr fim ao impasse, segundo um embaixador britânico, do que a opção nuclear de romper relações diplomáticas com o Equador por completo.

Mas mesmo levantar a possibilidade de enviar a polícia à embaixada se mostrou uma medida polêmica por parte dos britânicos.

Além dos debates legais sobre se a lei britânica de 1987 poderia realmente se sobrepor às salvaguardas internacionais há muito asseguradas pela Convenção de Viena para assegurar a imunidade de diplomatas estrangeiros e embaixadas em todo o mundo, isso poderia abrir um precedente preocupante: que outros países poderiam seguir o exemplo e usar o pretexto de pegar criminosos para invadir embaixadas estrangeiras que abrigam dissidentes?

Mas o argumento que o Ministério das Relações Exteriores britânicos poderia utilizar seria: como ficar de lado e permitir que uma embaixada estrangeira em Londres possa ser usada por propósitos não-diplomáticos para abrigar um potencial criminoso que burlou os termos de sua fiança, sem tomar qualquer ação?

De imediato, já está claro que a cisão entre a Grã-Bretanha e o Equador se intensificou.

Em Quito, o Ministro das Relações Exteriores, Ricardo Patiño, agora argumenta que Assange é uma ”potencial vítima de perseguição política”, por conta de sua defesa da liberdade de expressão e de imprensa, devido às suas publicações no WikiLeaks.

Ele afirma ainda que é dever do Equador protegê-lo e assegurar que não se consumarão seus temores em ser extraditado para os Estados Unidos e possivelmente encarar uma longa pena de prisão – como a do militar Bradley Manning, que vazou segredos militares para o WikiLeaks – ou até mesmo a pena de morte. pena de morte.

Em meio a tudo isso, a Grã-Bretanha ainda foi acusada de tratar o Equador como uma colônia.

Não resta dúvida que o presidente equatoriano, Rafael Correa, vê toda a saga como uma oportunidade de firmar suas credenciais anti-imperialistas entre seus colegas. O Equador já convocou um encontro de países latino-americanos para que eles ofereçam uma resposta apropriada.

Visto que a Grã-Bretanha já vinha tentando lidar de forma delicada com a América Latina, a fim de evitar que sua briga com a Argentina sobre as Ilhas Malvinas se disseminasse pelo continente, o momento em que essa crise ocorre é ruim, para dizer o mínimo.

Por outro lado, a Suécia rapidamente se alinhou com a Grã-Bretanha para expor seu descontentamento com o Equador, convocando o embaixador do país na Suécia ao Ministério das Relações Exteriores em Estocolmo, classificando como inaceitável que o Equador tente bloquear a investigação sueca.

E uma questão permanece: por quanto tempo Assange permanecerá enfurnado na embaixada equatoriana, tendo obtido asilo, mas incapaz de sair da representação diplomática sem ser preso?

Parece haver pouca esperança prática de retirá-lo às escondidas. Em teoria, ele poderá permanecer lá por muito tempo.

O dissidente chinês Fang Lizhi, que buscou refúgio na embaixada americana em Pequim, em 1989, onde permaneceu por um ano.

O cardeal húngaro József Mindszenty, que encontrou abrigo na embaixada dos Estados Unidos em Budapeste após a insurreição anticomunista no país em 1956, permaneceu lá por 15 anos, até 1971. E há também dois integrantes da junta militar que governou a Etiópia que ainda estão refugiados na embaixada da Itália em Adis Abeba, onde se encontram desde 1991.

Foi talvez tendo isso em mente que um diplomata britânico observou, com aparente frustração, que seria impossível e caro demais manter um policiamento de 24 horas em torno à embaixada equatoriana indefinidamente e que alguma outra solução ao impasse teria de ser encontrada.

O que começou como uma negociação complicada se transformou em uma profunda crise, envolvendo não apenas a Grã-Bretanha e o Equador, mas também a Suécia e os Estados Unidos.

E quanto mais elevada for a temperatura política nesta história complexa e cheia de meandros, mais difícil será encontrar uma saída diplomática.

Reproduzido de Correio do Brasil
17 ago 2012

Assista a outros videos de "The Julian Assange Show" no RT clicando aqui.

sábado, 18 de agosto de 2012

Contra o Recurso 162/2012: em defesa da educação pública brasileira, por um PNE pra Valer!



Contra o Recurso 162/2012: em defesa da educação pública brasileira, por um PNE pra Valer!

Caro(a) Deputado(a) Federal, A sociedade brasileira exige a retirada de sua assinatura do Recurso 162/2012, que pretende reiniciar o debate sobre o novo PNE (Plano Nacional de Educação). Por mais de 18 meses, a Câmara dos Deputados debateu, por meio de Comissão Especial criada por interesse do Governo Federal, o PL 8035/2010, que estabelece o novo PNE. O texto foi aprovado por unanimidade graças a discussões, durante a tramitação, com todos os segmentos da educação, os Ministérios da Educação e da Fazenda, inclusive em reuniões entre parlamentares da Comissão Especial e os respectivos ministros. A educação brasileira não pode esperar. Qualquer atitude de apoio ao Recurso é contra a educação pública brasileira. PNE no Senado já!

Por que isto é importante

A sociedade brasileira debate a criação do novo PNE (Plano Nacional de Educação) há mais de 3 anos. Apenas no processo da Conae (Conferência Nacional de Educação), concluído em abril de 2010, mais de 4 milhões de cidadãos e cidadãs discutiram quais deveriam ser as diretrizes do novo plano educacional, que determina os rumos da educação pública.

Em dezembro de 2010, o Governo Federal enviou uma proposta limitada de novo PNE para o Congresso Nacional. Em 26 de junho de 2012, após 18 meses de estudos, debates, audiências públicas e seminários, o Projeto de Lei 8035/2010 (PNE) foi aprovado por unanimidade na Comissão Especial da Câmara dos Deputados.

O Governo Federal teve participação ativa no processo de tramitação do novo PNE, inclusive defendendo a criação da Comissão Especial. Mas agora quer evitar que o PNE siga para o Senado Federal. Para isso, apresentou o Recurso 162/ 2012, assinado pelo líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia e por outros 79 parlamentares. Eles questionam justamente o caráter terminativo da Comissão na análise do Projeto, especialmente porque foi aprovado o patamar de investimento equivalente a 10% do PIB para a educação pública.


Se os deputados não retirarem suas assinaturas, esse Recurso será votado em plenário e, se aprovado, o debate sobre o PNE será reiniciado, praticamente do zero. O problema é que não haverá previsão de data para que o novo PNE entre na pauta de votação.

Essa petição pede aos 80 parlamentares que retirem suas assinaturas do Recurso, para evitar prejuízos à educação pública. Educação exige seriedade e prioridade. O PNE deve ser enviado imediatamente ao Senado Federal para análise e votação. O Brasil precisa de recursos e planejamento na educação pública!

Assine a petição clicando aqui.

Reproduzido de Avaaz

Compra-me ou devoro-te!



Compra-me ou devoro-te!

Thomaz Wood Jr.

Há algumas semanas, o colega Willian Vieira publicou aqui em Brasiliana o registro etnográfico de suas perambulações pelo novíssimo Shopping JK. Nosso destemido Malinowski mergulhou nas entranhas do novo templo paulistano do consumo, fez contato com seus habitantes e registrou em prosa os exóticos comportamentos e rituais que observou. Sobreviveu à submersão aparentemente sem sequelas. O texto de CartaCapital, como é hábito, contrapõe-se à cobertura caipira da mídia local.

Vieira conta com a admiração deste escriba, cuja taxa de permanência em centros comerciais limita-se a 7 minutos ao ano, tempo necessário para deixar o carro no estacionamento de um estabelecimento local, cruzar a passos largos os corredores e ganhar a rua, rumo a um consultório odontológico vizinho.

Os grandes centros comerciais surgiram há quase 100 anos, nos Estados Unidos. Multiplicaram-se após a Segunda Guerra Mundial, por lá e alhures, acompanhando a expansão dos subúrbios. Desde o princípio, a ideia foi criar um ambiente fechado, destinado a estabelecer certo nível de controle sobre o comportamento das vítimas: os consumidores.

Depois de décadas de expansão, nos Estados Unidos muitos centros comerciais vêm perecendo, vítimas da crise econômica e do comércio eletrônico. No Brasil, os centros comerciais já se contam às centenas e o número continua crescendo. Enquanto o mundo começa a sentir os efeitos da era do consumismo, os países em desenvolvimento continuam emulando os desenvolvidos, clonando seus vícios com algumas décadas de atraso. Hoje, significativamente, os maiores centros comerciais do mundo estão em países em desenvolvimento, tais como China, Filipinas, Malásia, Tailândia, Turquia e Indonésia.

Alguns urbanistas veem os centros comerciais com desconfiança. Os gigantes são frequentemente acusados de provocar a decadência de centros urbanos e de gerar impactos negativos sobre o trânsito. Por estes e outros motivos, alguns países desenvolvidos estabeleceram restrições à construção de grandes centros comerciais.

Sociólogos e antropólogos também costumam torcer o nariz para esses caixotes urbanos, tomados de horror por seus ambientes artificiais e sanitizados. Alguns os classificam como “não lugares”, espaços sem história ou identidade, aos quais multidões afluem sem que os indivíduos estabeleçam contato ou relação entre si, movidos unicamente pelo objetivo de consumir, sejam roupas, filmes, livros, refeições ou “experiências”.


True Stories, filme de 1986, dirigido e estrelado por David Byrne, apresenta uma divertida colagem de personagens e histórias passadas na cidade fictícia de Virgil, no Texas. O centro comercial da cidade é o ponto de encontro dos personagens, referência central de suas existências. Poderia estar em qualquer lugar da Terra, ou aqui e agora.

Consumo e consumismo têm sido objeto de interesse de cientistas sociais há tempos: sociólogos e antropólogos lhes dedicam prosa e verso. Em geral, os incomoda que o marketing e a cultura do consumo tenham um papel tão central em nossa sociedade. Agasta-lhes constatar que o mundo hoje iguala desenvolvimento a consumo. Irrita-os o mantra que afirma que quanto mais desenvolvida for uma sociedade mais seus cidadãos consomem. De fato, para a velha e para a nova classe média sucesso significa acumular bugigangas eletroeletrônicas, panos com marcas e acessórios com grifes, significa comprar uma casa e lotá-la de peças de utilidade incerta e de gosto duvidoso.

Reza uma jocosa definição que a cultura do consumo é um amálgama de valores e comportamentos que se sustenta em três pilares: a mídia, o automóvel e o cartão de crédito. A mídia, especialmente a tevê, diz às hordas o que comprar e onde encontrar; o automóvel as transporta até as fontes; e o cartão de crédito viabiliza a transação, mesmo que o cidadão não tenha fundos.

No entanto, testemunhamos nas últimas décadas sinais de uma embriaguez que antecipa uma ressaca de grandes proporções: degradação ambiental, esgotamento de recursos naturais, invasão da esfera privada pelo mundo do trabalho, fragmentação do núcleo familiar, corrosão dos valores etc. A locomotiva do consumo, que nos trouxe até aqui, ameaça sair dos trilhos e vitimar seus frenéticos passageiros. Os pilotos usam alguma criatividade, unida a respeitáveis verbas de propaganda, para reformar e embelezar a máquina. Diz-se que o consumo agora deve ser responsável, verde e consciente. Mais agora é menos, porém, mais caro. Mas… serão os passageiros sensíveis ao discurso? Será a reforma suficiente para evitar desastres? Descobriremos nos próximos anos, ou não…

Reproduzido de Carta Capital
01 ago 2012

Liberdade de expressão para quem? Evento Frentex com Marilena Chauí


Liberdade de expressão para quem? Evento Frentex com Marilena Chauí

No dia em que o Código Brasileiro de Telecomunicações (Lei 4.117 de 27 de agosto e 1962) completa 50 anos, venha participar da luta por uma nova regulação dos meios de comunicação de massa no Brasil, que garanta liberdade de expressão para todos e todas. Também venha debater o que prefeitos e vereadores podem fazer para promover uma comunicação democrática e verdadeiramente plural nas cidades.

Roteiro completo

Segunda-feira . 27 de agosto de 2012

17 horas: Ato lúdico em frente à Prefeitura de São Paulo e caminhada até o Teatro Municipal

19h: Lançamento da campanha e da plataforma e debate com Marilena Chauí (USP) e Rosane Bertotti (FNDC)

Local: Sindicato dos Jornalistas de São Paulo – R. Rego Freitas, 530 (sobreloja) - metrô República. São Paulo/SP

Mais informações:

Abraço/SP - Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária
Aliança Internacional de Jornalistas/Polo Brasil
Apeoesp
Associação Cantareira/Rádio Comunitária
Associação Fala Negão/Fala Mulher
Campanha pela Ética na TV
Cidadania e Saúde
Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé
Ciranda Internacional da Comunicação Compartilhada
Conselho regional de Psicologia
Casa Fora do Eixo
Geledés
Instituto da Mulher Negra
 Intervozes
Instituto Alana
Intersindical
Mandato Deputada Luiza Erundina
Observatório da Mulher
Rádio Comunitária Z FM/Mauá
Rede Brasil Atual
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo
Sindicato dos Radialistas de São Paulo
União dos Movimentos de Moradia

Reproduzido de Evento público por  Victor Zacharias . Facebook
17 ago 2012

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Professor tem dificuldade no trabalho com diferentes mídias, aponta pesquisa



Professor tem dificuldade no trabalho com diferentes mídias, aponta pesquisa

Bruna Romão
Estadão/Agência USP de Notícias
15/08/2012

Elementos socioeconômicos dificultam uso de recursos audiovisuais no ensino

A interação entre diferentes linguagens e mídias é um importante fator para a formação crítica de alunos do ensino básico. Nas disciplinas de Literatura e Língua Portuguesa, por exemplo, adaptações cinematográficas de obras literárias podem ser instrumentos para levantar discussões e estimular o interesse pelos textos. Contudo, como indica estudo desenvolvido pela professora Eliana Nagamini, a combinação de uma série de elementos tanto estruturais, quanto socioeconômicos e individuais, tornam difícil para muitos docentes a utilização desses recursos audiovisuais no processo de ensino.

A pesquisa de Eliana englobou questionários e entrevistas com 91 professores de Língua Portuguesa e Literatura do Ensino Médio de sete escolas da rede estadual de ensino de São Paulo. O trabalho integrou a tese de doutorado Comunicação em diálogo com a literatura: mediações no contexto escolar, desenvolvida no Programa de Pós Graduação em Ciências da Comunicação da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP.

A análise das respostas dos docentes permitiu à pesquisadora identificar os diversos fatores, chamados mediações, que se combinam para modelar o ambiente educacional, interferindo na adoção das adaptações audiovisuais em sala de aula. São alguns fatores que dificultam o contato desse professor com as adaptações e a formação do professor preocupado com questões da mídia”, conta.

Mediações no ambiente educacional

Entre as primeiras circunstâncias identificadas, está a infraestrutura das escolas, deficiente em espaços para o trabalho com recursos audiovisuais, como salas de vídeo, dificultando a frequência na integração entre as mídias em classe. Outro fator determinante é o próprio funcionamento das escolas: a grade horária muitas vezes impede a apresentação de uma obra cinematográfica por inteira e a análise aprofundada das duas formas de discurso. Eliana Nagamini resume: “Há uma abertura nas diretrizes de ensino para o trabalho com adaptações e outros discursos, mas esbarra no cotidiano mais miúdo da sala de aula, que nem sempre permite que o professor faça o trabalho mais adequado”.

Há também mediações em função do próprio contexto socioeconômico dos professores. Elian cita a longa jornada de trabalho de muitos docentes, o que impede maior dedicação à preparação de aulas que proponham o diálogo entre literatura e cinema. Outra lacuna, de acordo com ela, estaria também na própria formação do professor no Brasil. “Poucos cursos de licenciatura sistematizam a discussão sobre a mídia”, relata. A continuidade da formação, por sua vez, também sofre interferência da ‘falta de tempo’ do profissional.

Todas essas mediações não apenas impedem a utilização de produtos cinematográficos em sala de aula, mas permeiam e limitam alguns trabalhos existentes. Predominantemente, explica Eliana Nagamini, o uso das adaptações se dá por forma de fragmentos ilustrativos, existindo grande preocupação com a fidelidade.

Diálogo com o mundo exterior

Com o devido espaço e desenvolvimento, ações educacionais envolvendo uma obra literária e sua adaptação poderiam ir além da simples ilustração e identificação de pontos coincidentes. Para Eliana, o grande potencial deste tipo de atividade para a educação estaria na exploração dos desvios. “A adaptação é interessante porque são linguagens e processos de produção e recepção diferentes. Quando a obra cinematográfica opera os desvios, ali é que está a sua riqueza”, diz.

Isto, ela relata, além de promover o interesse do estudante pela obra escrita, contribuiria ainda mais para sua formação crítica, ao discutir na escola elementos e textos com os quais os alunos tem contato no mundo exterior: “A escola precisa se abrir e dialogar com o mundo de fora”. Mas para que isso ocorra, ela ressalta, o mundo de fora também precisa repensar a escola, para que se superem as dificuldades no ensino e novas ações e projetos educacionais sejam possíveis.

14 ago 2012
Via clipping FNDC

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Conselho de Comunicação pode ser contra regulação democrática



Conselho de Comunicação pode ser contra regulação democrática

Cecília Bizerra - para o Observatório do Direito à Comunicação
13.08.2012

Com a reinstalação do Conselho de Comunicação Social (CCS) no último dia 8 de agosto, os debates para renovação do marco regulatório das comunicações no Brasil podem passar a ser protagonizados pelo Congresso Nacional. Constituído como órgão auxiliar do Congresso, o CCS conta com 26 membros, divididos entre titulares e suplentes, e tem como finalidade realizar estudos, pareceres, recomendações e outras solicitações do Congresso Nacional no que diz respeito à regulação dos meios de comunicação do país. Depois de seis anos parado, o CCS retorna sem contrariar as entidades empresariais que se retiraram da I Conferência Nacional de Comunicação (Confecom).

Apesar de falar pouco na posse, as reais pretensões do presidente do Senado, José Sarney (PMDB), ficaram expostas no pronunciamento de Fernando Mesquita, vice-presidente do CCS e atual secretário de comunicação do Senado, ao jornal Estado de São Paulo no último dia 10 de agosto: “Queremos evitar todos os tipos de restrição à liberdade de imprensa,vamos parar com essa coisa de marco regulatório da mídia”, declarou Mesquita, que é atualmente o Secretário de Comunicação do Senado e foi porta-voz de José Sarney quando ele era presidente da República.

A declaração de Mesquita vai contra a sinalização do Executivo de abrir uma consulta pública para o novo marco regulatório das comunicações, prevista para após as eleições municipais. O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), mencionado por Sarney como seu “braço direito” na renovação do CCS, defendeu a nova composição e afirmou que temas como agilidade nas concessões de rádio e televisão, e regulação da propaganda devem ser discutidos pelo CCS. Maia também destacou que o Conselho pode contribuir para que “o novo marco regulatório seja o mais democrático possível”.

Já o representante das empresas de rádio no Conselho, Walter Ceneviva, relevou a possível estratégia montada para tocar o marco regulatório e disse que o Conselho deve se ater às discussões em pauta no Congresso. “As discussões do Poder Executivo serão importantes, mas quem pauta o nosso trabalho é o Congresso. Se no Congresso houver a discussão do marco regulatório, sim, caberá ao Conselho de comunicação discutir. O marco regulatório das comunicações é prometido há 50 anos. Se agora, afinal, ele vier, será objeto de atenção do Conselho”, afirma Ceneviva.

Para o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schröder, a reinstalação do Conselho ocorre num momento muito oportuno “em que precisamos discutir rapidamente e eficientemente o destino da radiodifusão brasileira: a relação com as novas tecnologias, a entrada de novos agentes no mercado, como as empresas de telecomunicações. O Conselho pode fazer esse debate de uma maneira muito eficiente, permitindo que a nova legislação garanta a fortaleza da radiodifusão brasileira e seja debatida a partir de interesses públicos”, afirma Schröder.

O ex-ministro da Cultura do governo Lula, Juca Ferreira, ocupa a vaga de suplente da sociedade civil no Conselho. Durante a posse, ao ser lembrado sobre o projeto da Agência Nacional de Cinema e Audiovisual (Ancinav), abortado após forte ofensiva empresarial no primeiro governo Lula, Juca declarou que os conselhos “enriquecem”, mas não “concorrem” com a agenda institucional: “É um espaço de negociação que possibilita harmonizar as diferenças”. Sobre as limitações do Conselho em tratar o ambiente de convergência tecnológica, Ferreira espera que a institucionalidade se abra para experiência de outros países que fazem mudanças constantes no setor: “O Brasil deveria se sensibilizar, e não ver [as novas tecnologias] como inimigas”.

Críticas à composição

A deputada Luiza Erundina (PSB-SP) defende desde 2006 a reativação do CCS, todavia, criticou incisivamente a forma como essa nova gestão foi constituída. “Foi aprovada em absoluta clandestinidade, sem nenhum diálogo com a sociedade, sem nenhuma consulta às organizações da sociedade civil que militam no setor e que constroem um modo de pensar a política de comunicação social no País”, declarou a deputada em discurso proferido no Plenário da Câmara na mesma hora em que estava ocorrendo a posse do CCS, que para ela “foi só para amigos do rei”.

Ela também lembra que foram rejeitadas a indicações da sociedade civil encaminhadas em fevereiro deste ano pela Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular, da qual ela é coordenadora e que conta com a participação de mais de 180 Parlamentares e 100 entidades da sociedade civil. No mesmo tom de Erundina, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) também rechaçou o processo de indicação, que considerou “arbitrário”.

Já o deputado Marco Maia (PT-RS), presidente da Câmara, elogiou a diversidade da composição do Conselho. “Na minha avaliação a composição do Conselho ficou equilibrada, ficou de acordo com aquilo que era bom para o Brasil, bom para o Conselho e bom para o Congresso Nacional”, afirma. “Todas as entidades nós consultamos, os parlamentares, e procuramos escolher membros da sociedade civil que tivessem vínculo com o tema, que conhecessem o assunto e que pudessem representar, não de forma ideológica, mas de forma concreta os interesses maiores da sociedade civil organizada no nosso país”, completa o presidente da Câmara.

O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schröder, também defende a composição do CCS, embora identifique como uma distorção a ausência do Conselho Federal de Psicologia (CFP). “Essa composição está prevista na lei. O problema da composição anterior é que a parte da sociedade civil havia sido tomada completamente pelos interesses empresariais. Acho que a composição deste conselho, em que pese algumas distorções que poderíamos pontuar, me parece que possibilita um debate num equilíbrio maior e melhor que o Conselho anterior. O que nos interessava era defender a sua existência, é consagrar a sua volta”, afirma.

Apesar de previsto na Constituição Federal e regulamentado em 1991, o CCS só foi instalado em 2002, e teve apenas duas composições entre 2002 e 2006. O CCS deve se reunir, de forma ordinária, na primeira segunda-feira de cada mês, e já tem novo encontro marcado no dia 03 setembro pelo presidente eleito por unanimidade, Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, e membro da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Com a colaboração de Pedro Caribé

13 ago 2012

domingo, 12 de agosto de 2012

Aprendizado...


Aprendizado

Célia Laborne

Aceita em paz, e de coração alegre, a companhia que te fazem, tanto aquelas que são maiores do que tu e sabem mais, e veem mais longe; como aquelas que sendo menores e mais limitadas, por isso se julgam os mais perfeitos e aptos a te ensinarem.

Recebe a todos de coração aberto, pois a cada instante pode brotar de qualquer lábio o pedaço da Verdade que te faltava ou que buscavas no mundo. No burburinho do tagarelar alheio pode vir uma mensagem para ti, ou podes deixar ali tua mensagem.

A Vida usa teus amigos, teus irmãos e até aqueles com os quais não te sintonizas, para te falar e te ensinar. Aprende, pois, a ouvir.

Ouve sempre com paciência, sem agressividade, sem ondas mentais de espanto ou luta e competição. Deixa que as palavras cheguem e partam, retirando delas, apenas o que te caiu no coração, não no intelecto. Ouve sem recriminar, sem disputar, sem competir ou impor teu pensamento. Tens o teu sinal interior e nada pode te abalar.

Ama igualmente a compreensão e a incompreensão dos companheiros, são apenas passos mais leves ou mais lentos que escutas ao teu lado. Faz sair de tua boca só aquilo que embeleza ou engrandece o mundo, o que alegra o irmão, o que expressa corretamente a percepção mais clara da Verdade e deixa que a Vida faça o resto por ti.

Ficarás surpreso com o esplendor que nascerá em teu caminho, quando tu o fizeres limpo, puro, ético e luminoso.

Usa sempre a beleza de cada momento em favor de alguém. A palavra que conforta, o pensamento que eleva, o gesto que perdoa. Entrega a todos o botão entreaberto que se vai revelar seu perfume.

Não é preciso, nem deve haver um programa para melhorar tua vida; vá espalhando a paz e o carinho conforme a necessidade que encontrares. Não é necessário ser uma enciclopédia ou professor graduado, não é preciso rótulos ou definições. Sê apenas a flor que precede o fruto, a semente que contem a árvore, a água que refresca e passa.

Se não te é dado brilhar como o sol, sê um raio da luz, se não é tua a sintonia universal, só a nota da harmonia, a vibração do amor te são necessários.

Não deixa passar em vão o tempo da beleza, o momento da entrega, a hora da comunhão.

(...)

Recebido da autora via e-mail.  Conheça seu Blog “Vida em Plenitude” clicando aqui.   

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

10 tecnologias que revolucionarão a educação



10 tecnologias que revolucionarão a educação

Rafael Ferrer
Exame
06/08/2012

Especialistas indicaram jogos online, redes sociais e até ferramentas de colaboração como as tecnologias que vão mudar a forma de aprender.

São Paulo - Especialistas ouvidos por INFO Online indicam dez tecnologias que vão mudar a forma como crianças, jovens e adultos aprendem.

Saiba como ferramentas de colaboração, jogos online e até redes sociais vão ajudar a qualificar mão de obra, formar cientistas e espalhar o conhecimento. Veja abaixo a lista de indicações criada pelos professores e especialistas Luli Radfahrer e Gil Giardelli.

1 Videogames – Os consoles PlayStation 3 e Xbox 360 são compatíveis com sensores e possuem conexão à internet. Eles permitem também fazer videoconferência e acessar o conteúdo de parceiros comerciais. O ponto forte destes dispositivos é o uso dos ambientes didáticos virtuais que permitem rápidas decisões, segundo Radfahrer.

2 Sensores – Além do Kinect, da Microsoft, a Nike comercializa a pulseira FuelBand, que permite acompanhar o histórico de atividades e rastrear os praticantes de atividades físicas. De acordo com o especialista, os profissionais da área de saúde podem usufruir desta tecnologia para estimular alunos e pacientes.

3 GPS – O dispositivo de posição global ajuda no ensino da geografia e disciplinas como dinâmica populacional ao informar as referências de latitude, longitude e altitude. “Eles também mensuram alterações físicas no ambiente e podem ser usados em atividades correlacionadas com ciência”, diz Radfahrer. Hoje, há carros, telefones e relógios com receptores embutidos.

4 Circuitos abertos – O Arduino possui enfoque nos estudantes e permite compreender a eletrônica e o funcionamento de máquinas. Além disso, atrai curiosos que desejam criar os seus próprios circuitos usando uma biblioteca pública de comandos.

5 Tablets – Além dos videogames, os tablets serão cada vez mais usados durante as rotinas escolares. De acordo com Radfahrer, estes dispositivos agregam conteúdos interativos às aulas e substituem livros didáticos e vídeos. As tarefas de campo, seminários e visitas técnicas também podem usufruir desta tecnologia.

6 Cloud services – Os serviços na nuvem facilitam a sincronia de trabalhos em equipe e a organização de repositórios coletivos. Hoje, é possível criar contas em serviços de hospedagem de arquivos e pacotes de escritório, por exemplo, e acompanhar o andamento de projetos de qualquer computador ou tablet com acesso à web.

7 Fim dos espaços concretos e aulas cronometradas – Hoje, os sites Coursera, Academicearth e Einztein permitem lecionar a partir de qualquer região com acesso à internet assuntos sobre ciências da computação, genoma e ciência das máquinas. “Sua universidade está em greve? Continue estudando em rede”, comenta Giardelli. Já Radfahrer comenta que este sistema de ensino ajuda a acompanhar o aluno individualmente, esclarecer e monitorar as dúvidas e criar avaliações. Há também os grupos de estudos Inovadores ESPM, LibraryThing e PaperBackSwap. Geralmente, estes sites contam com bibliotecas virtuais com documentários, vídeos e apostilas.

8 Simulador – Esta tecnologia pode ajudar na compreensão de situações complexas e dinâmicas que poderia levar dias com cálculos humanos. Os simuladores também ajudam a compreender os relacionamentos pessoais, intervenções cirúrgicas e administração de empresas ou cidades.

9 Robôs – Na Coréia do Sul, os alunos de algumas escolas lidam com um robô durante as aulas. Na área de saúde, estas máquinas conseguem simular sintomas e ajudam médicos durante treinamentos. Há também o software chamado Robo Ticot, um projeto europeu que, de acordo com os desenvolvedores, possui grande facilidade em interagir com as pessoas e pode ser usado em áreas educacionais, governamentais e empresariais.

10 Personalização – Tecnologias lançadas recentemente permitem gerar bases de dados complexas, analisar métricas e criar sistemas de recomendação. Estes serviços podem ser usados para auxiliar programas de ensino individualizado com base no histórico e necessidades do aluno.

Reproduzido de Exame
Via clipping FNDC
06 ago 2012

Classificação indicativa na TV por assinatura entra em vigor em 30 dias


Classificação indicativa na TV por assinatura entra em vigor em 30 dias

Redação
Tela Viva
06/08/2012

O Ministério da Justiça publicou nesta segunda, 06/08/12, portaria (1.642/2012) que regulamenta a classificação indicativa na TV por assinatura. De acordo com a portaria, as programadoras, as empacotadoras e as distribuidoras do Serviço de Acesso Condicionado (SeAC) são corresponsáveis pelo cumprimento das normas de classificação indicativa.

As operadoras de TV por assinatura estão dispensadas de vinculação horária (regra que vincula a classificação indicativa ao horário de exibição) desde que disponibilizem e divulguem a forma de utilização de sistema de bloqueio de canais e de programas e possibilite ao usuário acessar a qualquer tempo, durante a exibição de um programa, a informação completa de sua classificação indicativa. Patrece uma determinação simples, mas não é, já que muitas operações analógicas não têm condições de oferecer os dados de classificação na forma de metadados para serem exibidos no guia de programação em tempo real.

Não estão sujeitas a classificação indicativa competições esportivas, programas e propagandas eleitorais, programas jornalísticos e publicidade. As obras audiovisuais com exibição prevista em serviço de acesso condicionado e já classificadas pelo Ministério da Justiça para outros veículos devem manter a classificação indicativa atribuída.

As obras audiovisuais serão classificadas em: "Livre"; "Não recomendado para menores de 10 anos"; "Não recomendado para menores de 12 anos"; "Não recomendado para menores de 14 anos"; "Não recomendado para menores de 16 anos"; e "Não recomendado para menores de 18 anos", de acordo com o grau de incidência de conteúdo de sexo, drogas e violência. As regras entram em vigor em 30 dias.

Reproduzido de Tela Viva
06 ago 2012

Leia também:

Campanha alerta pais sobre a importância da classificação indicativa, na página do Ministério da Justiça, clicando aqui.

Novo Guia prático da classificação indicativa (2012), clicando aqui.


 

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Equador quer suspender publicidade oficial para a grande mídia


Equador quer suspender publicidade oficial para a grande mídia

Redação
Barão de Itararé
01/08/2012

No que depender do presidente equatoriano, Rafael Correa, os grandes jornais, revistas e canais de rádio e televisão do país já não poderão contar com as receitas da publicidade oficial para financiar sua programação. No último sábado (28), o mandatário anunciou que deixará de contratar anúncios pagos nos meios de comunicação comerciais.

“Não temos porquê, com o dinheiro dos equatorianos, beneficiar o negócio de seis famílias do país”, constatou o presidente, recomendando ao secretário de Comunicação, Fernando Alvarado, que retirasse imediatamente a grande mídia equatoriana da carta publicitária das empresas e instituições governamentais. “Daqui pra frente, zero publicidade oficial aos meios mercantilistas, para ver se fazem comunicação por vocação ou por negócio.”

"Daqui pra frente, zero publicidade oficial aos meios mercantilistas", disse o presidente durante evento em Ibarra (Foto: Presidência do Equador)

A notícia veio durante a 282ª edição do programa Enlace Ciudadano, uma espécie de prestação de contas misturada com propaganda institucional que Rafael Correa realiza semanalmente em algum lugar do país – desta vez, o evento ocorreu em Ibarra, ao norte da capital, Quito. O presidente lembrou que seis semanas antes havia sugerido aos meios de comunicação privados que renunciassem à publicidade oficial, uma vez que criticam tanto o governo por não respeitar a liberdade de expressão.

De acordo com o mandatário, nenhum meio abriu mão da verba publicitária. Pelo contrário, o presidente da Associação Equatoriana de Editores de Jornais (AEDEP, na sigla em castelhano), Diego Cornejo, afirmou em uma emissora de rádio que nenhuma empresa de comunicação do Equador deixaria de veicular as rentáveis propagandas oficiais. Fazê-lo, argumentou, seria contrariar a lógica do negócio. “Maravilhoso que seja honesto”, exaltou Correa. “Reconhece que é um negócio, que sua lógica é fazer dinheiro.”

Batalha

A suspensão da publicidade oficial é apenas mais um capítulo da batalha política entre o governo e os meios de comunicação equatorianos. O último passo de Rafael Correa em direção à grande mídia do país havia sido desferido em junho, quando o presidente proibiu seus ministros de concederem entrevistas exclusivas aos veículos comerciais. Em contrapartida, os editoriais e artigos de opinião atacam constantemente a administração correista por não respeitar a liberdade de imprensa.

A mais recente decisão do presidente ganha peso devido à Lei de Comunicação, que tramita há dois anos na Assembleia Nacional do Equador. Depois de muita discussão, o projeto está pronto para ser votado em plenário. O problema é que nem governo nem oposição têm maioria para aprová-la ou rechaçá-la. Esperava-se que a lei fosse apreciada pelos deputados na semana passada, mas o presidente da Assembleia, Fernando Cordero, suspendeu a votação alegando falta de quórum.

Entre seus 120 artigos, a Lei de Comunicação pretende dividir as frequências de rádio e televisão entre meios de comunicação privados, públicos e comunitários. A proporção seria 33%, 33% e 34%. Os canais de rádio e televisão que acabam de perder a verba publicitária oficial se opõem ferrenhamente ao projeto. O governo é seu maior entusiasta.

“O texto determina expressamente que o governo deve distribuir a receita publicitária entre os meios privados, públicos e comunitários – e também entre os meios rurais e urbanos”, assegura Romel Jurado, assessor do deputado Mauro Andino, presidente da comissão que escreveu a Lei de Comunicação.

Via Clipping FNDC