"Eu
acredito (a regulamentação dos meios de comunicação) é um dos temas do meu
segundo governo"
Dilma não quer mais o monopólio da Globo
O Brasil está maduro para uma Ley de
Medios
Em entrevista
a blogueiros sujos, Dilma defendeu o
cumprimento da Constituição Federal de 1988 em relação à regulamentação dos
meios de comunicação no Brasil. Para ela, há uma demanda pela regulação do
setor. “A Constituição diz que os meios de comunicação não podem ser objetos de
monopólio e oligopólio. Eu acredito que a regulação tem uma base, que é a base
econômica. Acho que é um ganho da sociedade a liberdade de expressão, e vocês,
blogueiros, representam isso”, afirmou nesta sexta-feira (26/09/14), ao ser questionada
por Miro Borges, do Blog do Miro. E continuou: “Todo mundo percebe que é um
setor que tem que ser regulado”.
“Não é que eu
não fiz nada. Ninguém regulou até hoje, mas está maduro para fazermos isso (a
regulamentação.). Fica claro que as pessoas demandam”, ressaltou a Presidenta
para quem, o Brasil, neste quesito, tem algumas vantagens diante a outras democracias. “No Brasil tenta
confundir regulação econômica com controle de conteúdo. Não tem nada a ver uma
coisa com a outra. Não há bolivarianismo nisso. O país tem uma vantagem: temos
uma ótima Constituição, que é moderna”.
Dilma ainda
citou características do país para justificar a intenção. Aqui, existem duas
coisas na regionalização: diversidade regional e cultural. “Além disso, a mídia
é um grande negócio. Se for oligopolizada, ela não dará conta da diversidade
cultural que temos”, ressaltou a petista, para completar: “É um setor como
qualquer outro, tem que ser regulado.”
A Presidenta
mencionou exemplos de outros países que enfrentaram o problema. “Regulou-se nos
Estados Unidos e voltou a concentrar, por isso é preciso sempre estar atento.
Eu acredito que esse é um dos temas do meu segundo governo”, finalizou Dilma
sobre o tema.
Na sabatina,
ela afirmou que o Brasil não pode vê-la como vítima nesse período eleitoral.
Ela, sem citá-la, se referia à candidata adversária Marina Silva (PSB). “Não
posso dar ao Brasil demonstração de que sou vítima. Tem pessoa que gosta de
aparecer como vítima. Eu não gosto”, respondeu ao ser indagada sobre a eleição
deste ano. “Eleição é briga de posições, é contrapor posição”.
Alisson
Matos, editor do Conversa
Afiada.
Reproduzido
de Conversa
Afiada
26 set 2014Assista ao vídeo (por Luiz Carlos Azenha) clicando aqui.
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