quinta-feira, 20 de junho de 2013

A mídia (hegemônica) não me apresenta!


A mídia (hegemônica) não me apresenta!

Antes, os donos das mídias colocavam pela boca de seus apresentadores de telejornais que todos os manifestantes ao redor do mundo provocavam tumultos, que a ordem, o progresso e a "república" tinham suas bases abaladas pelos "bandidos" e "desordeiros". Agora, a manipulação midiática segue firme e forte, num discurso estereotipado pelas redes de televisão e comunicação.

Até o patético Jabor capitulou à força da voz das ruas, e os descarados não-anônimos atrás de suas bancas de "notitícias" não conseguem disfarçar o incômodo que sentem com os versos de (des)ordem cantado pelas multidões. Evitam a qualquer custo mostrarem cenas e falas que deixam mostrar a indignação das gentes com o autoritarismo das mídias, em especial da rede globobocalizante.

Além de quererem se apropriar das manifestações para colocar na pauta da discussão nacional a sua "polida" ladainha contra os desafetos políticos, os comentários jocosos pontuados nas edições ordinárias e extraordinárias dos telejornais, e das notícias pelos portais das grandes corporações, os caricatos esgares e trejeitos vidiotizantes dos patetas do falso "stand up news" no estilo de CQC e outras beldades (de)formadoras de opiniões, mostram muito mais que imaginam o (tele)espectador faminto pelo costumeiro terror propalado pelas mídias.

A caricatura das mídias hegemônicas não para por aí!

A "dieta informacional" indispensável do dia - como diz o SBT - vem como pílulas fortificando a questão da "inflação que voltou", que "deve haver transparência da gestão do dinheiro público", - como o Bom Dia Brasil anuncia entre risos sarcásticos e dançantes na cadeira -, e outros comentários do gênero feitos pelos âncoras esfregando uma mão na outra.

O povo nas ruas e as gentes indignadas já não engolem, tão docilmente, a amargura do pão e o frenesi do circo midiático querendo fazer crer que alguns (des)governantes e outros prepostos do poder estão tirando dinheiro da educação, saúde, infraestrutura etc. para, por exemplo, subsidiar as empresas privadas de transporte público na redução das tarifas de preços exorbitantes e qualidade de serviço que deixa muito a desejar.

"Vergonha" mesmo é que(des)governantes e prepostos da "rede polititica" patrocinam - com dinheiro público (leia-se verbas publicitárias) - essas grandes redes hegemônicas de (des)comunicação e prestadoras do des-serviço ao querer vidiotizar as pessoas.

É verdade, as reivindicações vão além dos R$ 0,20 e passam por uma série de questões que mantêm o povo escravizado a um sistema desumano que paga a conta das elites que curtem os (de)formadores de opinião, esses como marionetes dos donos das mídias que são os atrelados e comparsas dos donos do mercado, os bancos que patrocinam telejornais e, que no fundo, são sócios dessas companhias limitadas a destruir o mundo.

As mídias e seus donos que se cuidem, porque se não tiverem como esconder mais a insatisfação generalizada contra seus desmandos, espalhados em cartazes pintados á mão e nas mil e uma manifestações das redes sociais, correrão o risco de que “vândalos” e “desordeiros” invadam suas instalações.

Isso já está quase acontecendo e, finalmente, o povo tomará as mídias, além de tomarem brevemente as urnas para desalojar o que querem quis se legitimar pelo voto. A democracia direta é isso: ruas cheias e manifestantes re-vira-voltando o mundo, armados até o pescoço com a poderosa força de suas vozes indignadas, até há pouco engasgadas com o que de indigesto as mídias querem nos fazer engolir.


O vomitório de manifestantes está aí para abalar a ordem e o progresso falsos em que (des)governantes e prepostos, os apresentadores e âncoras de telejornais tinham em suas cadeirinhas frágeis.

A mídia (hegemônica) não me apresenta, nem me representa!
Democratização dos meios de comunicação pelo povo, já!

Paqonawta

PS: Pergunta que só o PHA conversando afiadíssimo saberia responder, via Stanely Burburinho.... cadê o MotoSerra no meio disso tudo? (21/06/13)

Nenhum comentário: