“Enquanto houver alguém gritando no mundo,
sejam mulheres, negros, indígenas, pessoas discriminadas, sempre têm sentido, a
partir da fé, falar e atuar de forma libertadora”, defende o teólogo Leonardo
Boff.
“Capitalismo é antivida, assassina as vidas humanas para acumular”, diz Leonardo Boff
Os
intelectuais que têm algum sentido ético precisam falar sobre a Terra ameaçada,
afirma Leonardo Boff
“A
Teologia é séria quando toma a sério o testemunho dos invisíveis, dos
desprezados, daqueles que ninguém conta. Cada pessoa é única no mundo, tem algo
a dizer, a mostrar. Ignorante é aquele que pensa que o povo é ignorante. O povo
sabe muito da vida, da sua luta”, afirmou Leonardo Boff em entrevista
concedida, pessoalmente, à IHU On-Line.
Para
Boff, “nosso desafio não é o de criar cristãos, mas de criar pessoas honestas,
humanas, solidárias, compassivas, respeitosas da natureza dos outros. Se
conseguirmos isso é o sonho de Jesus realizado”. E continua: “há um dito que
diz: onde estão os pobres está Cristo, e onde está Cristo está a Igreja. Só que
não é verdade que onde está o pobre está a Igreja. Ela está mais perto do
palácio de Herodes do que da gruta de Belém. A Igreja precisa ver qual é o seu
lugar na sociedade”.
Leonardo
Boff, filósofo, teólogo e escritor é professor emérito de Ética, Filosofia da
Religião e Ecologia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. É autor
de mais de 60 livros nas áreas de teologia, espiritualidade, filosofia,
antropologia e mística, entre os quais citamos Ecologia: grito da terra, grito
dos pobres (São Paulo: Ática, 1990); São Francisco de Assis. Ternura e vigor
(8. ed. Petrópolis: Vozes, 2000); Ética da vida (Rio de Janeiro: Sextante,
2006); e Virtudes para outro mundo possível II: convivência, respeito e
tolerância (Petrópolis: Vozes, 2006).
Reproduzido
de Pragmatismo
Político
19
out 2012
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