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quarta-feira, 30 de maio de 2012

A universalização da comunicação


A universalização da comunicação

Marcos Alves*
Coletiva.net
28/05/2012

De tempos em tempos, surgem novas tendências que, silenciosamente, vão mudando nosso mundo e definindo novos rumos para a sociedade. Primeiramente estas tendências chegam despretensiosamente, quase na escuridão, e após um tempo invadem nossos hábitos e a forma como nos relacionamos com o mundo, como se estivessem lá há anos.

Foi assim com os veículos automotores, que tiveram sua produção em massa iniciada “somente” no ano de 1903, e olhando nos dias de hoje parece que desde a pré história andamos de carro. Mais recentemente, quem não se lembra que no Brasil, logo ali, na década de 80, nem todo mundo tinha telefone fixo, pois as linhas eram escassas e custavam o preço de uma casa. O telefone era considerado um “artigo de luxo” ou “ferramenta de trabalho” – a palavra “celular” então, nem existia!

Bom, como todos sabem, a “ferramenta de trabalho” caríssima da década de 80 hoje fica “empoeirada” na estante da sala – o telefone fixo – substituída na maioria das vezes pelo celular – o qual, lembra, há 20 anos nem existia! Então, silenciosamente, passamos pelo ciclo: produto inexistente > produto caro para negócios > produto massivo e acessível.

E claro, junto com a “acessibilidade” a vários produtos novos, vêm as novas regras para garantir o bom uso e a aderência do novo recurso à vida em sociedade – horários para execução de telemarketing, locais de uso proibido do celular, classificação de spams, e por aí vai!

Mas nem tudo são restrições quando se trata de novas tecnologias. Desbravadores e inovadores, tanto do lado dos clientes quanto dos fornecedores, aventuram-se por um mercado novo e na esmagadora maioria das vezes colhem os frutos virgens e maduros de áreas inexploradas e lucrativas. E o mercado de novas tecnologias e área de comunicações encontra posição de destaque na criação de inovação. O grande volume de informações e as oportunidades existentes quando se juntam controle, uso inteligente e comunicação, fazem a cada dia novas empresas e negócios bilionários.

Nesta linha, uma tendência explosiva que segue a mesma maré que impulsionou o surgimento dos iPads, iPhones e smartphones em geral, é a migração de recursos corporativos de comunicação unificada para a nuvem.

Poderosos recursos de controle, gestão de comunicação, contato multicanal e prospecção, antes disponíveis somente em centrais de atendimento de grande porte, começam a ser disponibilizados em ferramentas SaaS a serem usadas de acordo com as necessidades e tamanho do negócio. Centrais de telecomunicações de grande porte e milhões de Reais podem ser “parcialmente alugadas” pela net, colocando o poder de comunicação de uma corporação nas mãos de um indivíduo!

Estes recursos abrem novas perspectivas em vários campos: profissionais de vendas podem trabalhar independentemente, sublocando recursos de comunicação a custo reduzido por contra própria, ou sob a gestão de grupos consolidados. Empresas podem recrutar pessoas para atendimento de acordo com seu perfil, desconsiderando a localidade geográfica de sua residência. E recursos de controle e comunicação inacessíveis a pequenas empresas, com potencial de aumento de produtividade de até cinco vezes, podem ser considerados viáveis em um primeiro momento e indispensáveis no futuro.

Nos Estados Unidos, serviços de comunicação em nuvem, com ofertas em vários modelos, já são comuns há mais ou menos 1 ano. No Brasil soluções completas ainda são escassas e, embora exista forte demanda, o mercado de provedores de serviços convergentes de comunicação ainda repousa no berço esplêndido ladeado por altas tarifas e acolchoado por serviços básicos. Entretanto, desbravadores e inovadores surgem oferecendo serviços diferenciados e transformando o que antes eram serviços caros e corporativos em produtos eficientes, acessivos e baratos na nuvem. Surgem silenciosa, com despretensiosamente, mas nos passos firmes da única coisa certa: a mudança e a evolução.

E como sempre, quem viver verá… e quem não se abstiver de mudar, viverá…

* Marcos Alves é diretor de Tecnologia da Callix. O artigo foi publicado originalmente nos site www.adnews.com.br

Reproduzido de clipping FNDC
28 mai 2012

domingo, 4 de março de 2012

“Pense antes de falar”: “googlar antes de tuitar ou blogar”...


Porque você deve "googlar antes de tuitar ou blogar"

Esta é a versão brasileira da frase Google before you tweet is the new think before you speak, popularizada num cartaz criado pelo designer Jon Parker e que sintetiza, no jargão digital,  a principal mudança de comportamento que nos está sendo imposta pela internet. É a nossa forma de lidarmos com a informação que está sendo posta em cheque e com ela toda uma série de rotinas e valores transmitidos por gerações, há décadas.

O tema não é novo porque já foi tratado aqui e em vários outros blogs e colunas especializadas.Minha preocupação não é com o ineditismo e mas com o debate continuado sobre o que os especialistas chamam de leitura crítica. A recomendação do cartaz é pesquise uma informação antes de publicá-la num blog, twitter ou rede social, o que equivale ao nosso velho e conhecido  “pense antes de falar”.  Não basta decorar a frase, é necessário torná-la automática em nosso trato diário com as notícias e informações.

A recomendação de refletir antes de dizer qualquer coisa procura evitar que uma pessoa diga asneiras ou idiotices, visando evitar embaraços públicos pessoais. O “googlar antes de twitar”  tem um sentido bem mais amplo porque busca, acima de tudo,  evitar a disseminação de boatos, mentiras, difamação e fofocas antes que elas acabem se transformando num fato aceito de forma também irrefletida. Se trata de evitar danos à imagem alheia mais do que impedir problemas para quem originou o boato.

A internet transformou a todos nós em produtores de informação o que nos obriga a assumir muitas das atitudes que até agora eram cobradas apenas dos jornalistas profissionais.  Não  fomos educados para checar informações, dados e noticias. Bastava sair na imprensa para os leitores assumissem o que foi publicado como verdade acima de qualquer suspeita. Hoje isto está mudando rapidamente tanto no que se refere aos jornalistas como aos jornais.

Alterar  uma atitude como esta não é uma coisa que acontece da noite para o dia. O americano Daniel Yankelovich vem pesquisando a mudança de valores das pessoas desde 1995 e é categórico ao afirmar que “mesmo com a velocidade vertiginosa da internet, uma mudança de valores demora anos” para incorporar-se ao cotidiano das pessoas.

Daí a necessidade de periodicamente voltarmos a bater nesta tecla porque ela afeta o nosso relacionamento com a informação e portanto com o item que a cada dia que passa mais condiciona a nossa vida social, política, econômica e cognitiva. A transformação da nossa cultura informativa é muito mais relevante do que a avalancha de gadgets eletrônicos que mudaram o nosso dia a dia.

E nesta mudança de comportamentos, nós os jornalistas, temos um papel fundamental porque a experiência profissional nos ensinou que um dado, fato ou notícia devem ser confirmados antes da publicação e que as conseqüências de uma informação falsa ou distorcida podem ser irreversíveis e letais.  Só que a dinâmica industrial da produção noticiosa em jornais, revistas e noticiários da rádio ou TV inviabilizou a checagem criteriosa e implantou a corrida pelo furo e exclusividade como valores máximos do jornalismo.

O deterioro dos valores morais e comportamentais no serviço público, atividades legislativas e na política brasileira fornece amplo material para denúncias de corrupção, o que por um lado é benéfico para a sociedade porque ela passa poder patrulhar o comportamento dos servidores e políticos, mas por outro,  cria um ambiente favorável à multiplicação de suspeitas e dúvidas. É aí que a leitura critica e a regra do “googlar antes de tuitar” passam a ser essenciais.

Reproduzido de Código Aberto por Carlos Castilho
20 fev 2012

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Dossiê Midiaeducação entrevista Monica Fantin


“Na sociedade da informação, a mídia-educação torna-se ou pode tornar-se educação e, nessa perspectiva, a mídia-educação não seria apenas um campo de estudo e intervenção, mas uma postura midia-educativa que seria patrimônio de cada professor e educador”, destaca Monica Fantin.

O que é midiaeducação? Um conceito? Uma ideia? A sua grafia escrita junta ou separada traduz algum significado? Existiria outro termo que definiria melhor a interface entre a educação e a mídia? Trata-se de um novo campo de estudo? A revistapontocom dá prosseguimento à publicação da primeira parte do Dossiê midiaeducação, na qual publica entrevistas com professores, estudiosos e pesquisadores sobre o tema. A cada semana, uma nova entrevista. Um novo olhar. Uma nova perspectiva sobre a interface mídia e educação.

Para a OSCIP Planetapontocom, midiaeducação é um conceito que se traduz em um trabalho educativo sobre os meios, com os meios e através dos meios. Sobre os meios, refere-se ao estudo e análise dos conteúdos presentes nos diferentes meios e suas linguagens. Com os meios, trata-se  do uso dos meios e suas linguagens como ferramenta de apoio às atividades didáticas. E através dos meios, diz respeito a produção de conteúdos curriculares para e com os meios, em sala de aula e, também, a educação a distância ou virtual, quando o meio se transforma no ambiente em que os processos de ensino-aprendizagem ocorrem.

N
ilda Alves, Rosália Duarte, Eduardo Monteiro, Afonso Albuquerque, Paulo Carrano, Ismar de Oliveira, Regina de Assis, Inês Vitorino, Gilka Girardello, Rita Ribes, Guaracira Gouvêia são alguns dos nossos convidados/entrevistados da série. Nesta semana, você confere a entrevista concedida pela professora Mônica Fantin, coordenadora do Grupo de Pesquisa Núcleo Infância, Comunicação e Arte da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).


Organizadora do livro Liga, roda, clica: estudos em mídia, cultura e infância (Papirus Editora), Monica entende que o papel da educação configura-se em um instrumento educativo que visa à construção de competências de professores a trabalhar pedagogicamente com as mídias, tecnologias e suas múltiplas linguagens em contextos formais e não formais.

Acompanhe a entrevista:

revistapontocom – Como podemos definir o conceito midiaeducação?

Monica Fantin – A definição do conceito de mídia-educação vem se construindo ao longo dos anos como uma reflexão metodológica e epistemológica sobre a práxis de educar para, com e através das mídias. Assim, a mídia-educação pode ser entendida basicamente a partir de três dimensões: a) como um campo de conhecimento interdisciplinar na interseção das ciências da educação e comunicação, em construção; b) como disciplina curricular ou eixo transversal;  c) como prática social e cultural em diferentes contextos escolares e extra-escolares que signifiquem um trabalho de educação midiática. Ou seja, mídia-educação pode ser entendida como área de saber e de intervenção em diversos contextos: como práxis educativa com campo metodológico e de intervenção didática, e como instância de reflexão teórica sobre essa práxis. Considerando os desafios do fazer educativo hoje, para alguns estudiosos a mídia-educação pode ser entendida como a própria educação. Na sociedade da informação, a mídia-educação torna-se ou pode tornar-se educação e, nessa perspectiva, a mídia-educação não seria apenas um campo de estudo e intervenção, mas uma postura midia-educativa que seria patrimônio de cada professor e educador.

Por Marcus Tavares . Revistapontocom
17 mai 2011

Leia a entrevista completa na página da Revistapontocom clicando aqui.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

World Telecommunication and Information Society Day (WTISD) 2011


The purpose of World Telecommunication and Information Society Day (WTISD) is to help raise awareness of the possibilities that the use of the Internet and other information and communication technologies (ICT) can bring to societies and economies, as well as of ways to bridge the digital divide.

17 May marks the anniversary of the signing of the first International Telegraph Convention and the creation of the International Telecommunication Union.

Saiba mais sobre o evento clicando aqui. Descarregue o cartaz em várias línguas clicando aqui.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Pilares centrais dos Direitos de Comunicação


Communication – An essential human need


"Communication represents an essential and very important human need as well as a basic human right. Without having the possibility to communicate and talk to other people, no individual, community, group or any other institution would be able to exist, or prosper. Strictly speaking the ability to communicate or the general right of communication make it possible to exchange opinions, thoughts and meanings. So it enables people to express themselves and show their own points of view. Consequently communication makes people who and what they are and particularly strengthens human dignity. By having the right to communicate and express personal thoughts, ideas, and opinions, people feel themselves treated equally – in other words: Communication validates human equality. Thus the protection and implementation of communication rights represents an essential part of the general topic of human rights.

Strictly speaking there exist four central Pillars of Communication Rights. Each Pillar refers to a different domain of social existence, practice, and experience, in which communication generally represents a so-called core activity on the one hand and performs specific key functions on the other hand. The most important point considering the four pillars consists in the fact that each involves a relatively autonomous sphere of social action. So they are extremely necessary in order to achieve communication rights.

The Four Pillars of Communication Rights are the following ones:

Communicating on the Public Sphere: The role of communication and media in exercising democratic political participation in society.

Communication Knowledge: The terms and means by which knowledge generated by society is communicated, or blocked, for use by different groups.

Civil Rights in Communication: The exercise of civil rights relating to the processes of communication in society.

Cultural Rights in Communication: The communication of diverse cultures, cultural forms and identities at the individual and social levels.

The Four Pillars of Communication Rights point out very clearly why the right to communicate is important for people in order to live in freedom, peace, justice, and dignity. So the right to communicate can be seen as a means to enhance human rights as well as to carefully strengthen the social, cultural and economic lives of people of different nations, communities, institutions and groups.

It is very important to know that the ‘right to communicate’ does not have the equal meaning of ‘communication right’. In spite of all the two terms are closely related in both their history and usage. Strictly speaking the ‘right to communicate’ is generally associated with the New World Information and Communication Order (NWICO) debate and expresses the need for a legal acknowledgement as a framework for a better implementation. The other term, ‘communication right’, points out that a group of international rights fortifying communication already exists, but in spite of everything many are too often ignored".

Reproduzido do Communication Rights in the Information Society . CRIS