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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Para onde irão os indignados e os “occupiers”?


Para onde irão os indignados e os “occupiers”?

Leonardo Boff

Uma das mesas de debates importante no Forum Social Temático em Porto Alegre, da qual me coube participar, foi escutar os testemunhos vivos dos Indignados da Espanha, de Londres, do Egito e dos USA. O que me deixou muito impressionado foi a seriedade dos discursos, longe do viés anárquico dos anos 60 do século passado com suas muitas “parolle”. O tema central era “democracia já”. Revindicava-se uma outra democracia, bem diferente desta a que estamos acostumados, que é mais farsa do que realidade. Querem uma democracia que se constrói a partir da rua e das praças, o lugar do poder originário. Uma democracia que vem de baixo, articulada organicamente com o povo, transparente em seus procedimentos e não mais corroída pela corrupção. Esta democracia, de saida, se caracteriza por vincular justiça social com justiça ecológica.

Curiosamente, os indignados, os “occupiers” e os da Primavera Árabe não se remeteram ao clássico discurso das esquerdas, nem sequer aos sonhos das várias edições do Forum Social Mundial. Encontramo-nos num outro tempo e surgiu uma nova sensibilidade. Postula-se outro modo de ser cidadão, incluindo poderosamente as mulheres antes feitas invisíveis, cidadãos com direitos, com participação, com relações horizontais e transversais facilitadas pelas redes sociais, pelo celular, pelo twitter e pelos facebooks. Temos a ver com uma verdadeira revolução. Antes as relações se organizavam de forma vertical, de cima para baixo. Agora é de forma horizontal, para os lados, na imediatez da comunicação à velocidade da luz. Este modo representa o tempo novo que estamos vivendo, da informação, da descoberta do valor da subjetividade, não aquela da modernidade, encapsulada em si mesma, mas da subjetividade relacional, da emergência de uma consciência de espécie que se descobre dentro da mesma e única Casa Comum, Casa, em chamas ou ruindo pela excessiva pilhagem praticada pelo nosso sistema de produção e consumo.

Essa sensibilidade não tolera mais os métodos do sistema de superar a crise econômica e derivadas, sanando os bancos com o dinheiro dos cidadãos, impondo severa austeridade fiscal, a desmontagem da seguridade social, o achatamento dos salários, o corte dos investimentos no pressuposto ilusório de que desta forma se reconquista a confiança dos mercados e se reanima a economia. Tal concepção é feita dogma e ai se ouve o estúpido bordão:“TINA: there is no alternative”, não há alternativa. Os sacrílegos sumos sacerdotes da trindade nada santa do FMI, da União Européia e do Banco Central Europeu deram um golpe financeiro na Grécia e na Itália e puseram lá seus acólitos como gestores da crise, sem passar pelo rito democrático. Tudo é visto e decidido pela ótica exclusiva do econômico, rebaixando o social e o sofrimento coletivo desnecessário, o desespero das famílias e a indignação dos jovens por não conseguirem trabalho. Tudo pode desembocar numa crise com consequências dramáticas.

Paul Krugmann, prêmio Nobel de economia, passou uns dias na Islândia para estudar a forma como esse pequeno pais ártico saiu de sua crise avassaladora. Seguiram o caminho correto que outros deveriam também ter seguido: deixaram os bancos quebrar, puseram na cadeia os banqueiros e especuladores que praticaram falcatruas, reescreveram a constituição, garantiram a seguridade social para evitar uma derrocada generalizada e conseguiram criar empregos. Consequência: o pais saiu do atoleiro e é um dos que mais cresce nos paises nórdicos. O caminho islandês foi silenciado pela midia mundial de temor de que servisse de exemplo para os demais países. E a assim a carruagem, com medidas equivocadas mas coerentes com o sistema, corre célere rumo a um precipício.

Contra esse curso previsível se opõem os indignados. Querem um outro mundo mais amigo da vida e respeitoso da natureza. Talvez a Islândia servirá de inspiração. Para onde irão? Quem sabe? Seguramente não na direção dos modelos do passado, já exauridos. Irão na direção daquilo que falava Paulo Freire “do inédito viável”que nascerá desse novo imaginário. Ele se expressa, sem violência, dentro de um espírito democrático-participativo, com muito diálogo e trocas enriquecedoras. De todas as formas o mundo nunca será como antes, muito menos como os capitalistas gostariam que ficasse.

Reproduzido de Fundação José Saramago

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Occupy E-V-E-R-Y-W-H-E-R-E!


Occupy E-V-E-R-Y-W-H-E-R-E

Michael Moore Tonight at #OccupyWallStreet: "This Is a Historic Day" (Day 19, 10/5/11)

Tonight, Wednesday, October 5th, 2011, Mike made his fifth visit to #OccupyWallStreet and delivered the following address from the steps on the east side of Liberty Plaza (Zuccotti Park) amplified by the 'human microphone':

"This is a historic day. This movement has come together because the people wanted it to happen. Not because of a leader. Not because of a dues-paying organization, but because the people wanted it. I love the human microphone and I'll tell you why. Because this isn't just my voice or his voice or her voice. It's all of our voices. Let's keep the movement like this. Do not let politicians co-opt this movement. Each one of you here today represents another 100,000 Americans who couldn't be here today but are happy that you are here. And they will be there in their cities. The occupy movement is everywhere. Occupy! Everywhere!

"The men on the top floors of these buildings -- especially you, Goldman Sachs -- they are responsibly for ruining the lives of millions of people -- hundreds of millions of people -- on this planet. Someone in the media just asked me, 'Who organized this?' I said [points up to buildings], 'They organized this!'

"They took their boot and put it on the necks of the American people and now the American people want that boot removed. Now. Not next year. Now! We've had it. Enough is enough. The dirtiest word in corporate America is 'enough.' They can't get enough. They weren't satisfied with being just filthy rich. They wanted to be something better than filthy rich and this is what they got. They may have stolen trillions of dollars but we are here to say we want that money back. When do we want the money back? When do we want the money back?

"They have overplayed their hand. It's too bad they weren't satisfied with all the billions they had accumulated. But like addicts, they had to have more. They're out of control. They have an addiction problem to greed and we are here to conduct an intervention."

Intervening on a daily basis at http://www.michaelmoore.com