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domingo, 19 de agosto de 2012

Assange faz Equador levantar “bandeira anti-imperialista”



Assange faz Equador levantar “bandeira anti-imperialista”

Por Redação, com BBC Brasil - de Brasília
17/8/2012

Quando Julian Assange pediu asilo pela primeira vez na embaixada do Equador, há dois meses, ele havia faltado a audiências na Justiça e tentava postergar o dia em que seria extraditado para a Suécia para responder a acusações de crime sexual.

Naquele momento, o governo de Quito tinha o cuidado de afirmar que não desejava deteriorar suas relações diplomáticas com a Grã-Bretanha. A chancelaria britânica insistiu que desejava uma saída negociada para a saia-justa.

Mas o que ficou claro nesta semana é que não há muito espaço para concessões. Embora o governo britânico afirme que deseja continuar as negociações, também diz categoricamente que Assange não terá salvo-conduto para sair do país e não negociará com a Suécia seu compromisso de extradição.

A Grã-Bretanha “não recuou uma polegada”, segundo o chanceler equatoriano Ricardo Patiño, e o que vinha sendo um diálogo amistoso se transformou em ameaça e chantagem explícita.

Mas o que particularmente enfureceu o Equador foi a insinuação feita pela Grã-Bretanha de que o país poderia usar uma lei britânica de 1987 para revogar o status de embaixada do edifício ocupado pela representação equatoriana para permitir que a polícia entrasse no local e prendesse Assange.

Se isso funcionasse, seria uma forma mais fácil de pôr fim ao impasse, segundo um embaixador britânico, do que a opção nuclear de romper relações diplomáticas com o Equador por completo.

Mas mesmo levantar a possibilidade de enviar a polícia à embaixada se mostrou uma medida polêmica por parte dos britânicos.

Além dos debates legais sobre se a lei britânica de 1987 poderia realmente se sobrepor às salvaguardas internacionais há muito asseguradas pela Convenção de Viena para assegurar a imunidade de diplomatas estrangeiros e embaixadas em todo o mundo, isso poderia abrir um precedente preocupante: que outros países poderiam seguir o exemplo e usar o pretexto de pegar criminosos para invadir embaixadas estrangeiras que abrigam dissidentes?

Mas o argumento que o Ministério das Relações Exteriores britânicos poderia utilizar seria: como ficar de lado e permitir que uma embaixada estrangeira em Londres possa ser usada por propósitos não-diplomáticos para abrigar um potencial criminoso que burlou os termos de sua fiança, sem tomar qualquer ação?

De imediato, já está claro que a cisão entre a Grã-Bretanha e o Equador se intensificou.

Em Quito, o Ministro das Relações Exteriores, Ricardo Patiño, agora argumenta que Assange é uma ”potencial vítima de perseguição política”, por conta de sua defesa da liberdade de expressão e de imprensa, devido às suas publicações no WikiLeaks.

Ele afirma ainda que é dever do Equador protegê-lo e assegurar que não se consumarão seus temores em ser extraditado para os Estados Unidos e possivelmente encarar uma longa pena de prisão – como a do militar Bradley Manning, que vazou segredos militares para o WikiLeaks – ou até mesmo a pena de morte. pena de morte.

Em meio a tudo isso, a Grã-Bretanha ainda foi acusada de tratar o Equador como uma colônia.

Não resta dúvida que o presidente equatoriano, Rafael Correa, vê toda a saga como uma oportunidade de firmar suas credenciais anti-imperialistas entre seus colegas. O Equador já convocou um encontro de países latino-americanos para que eles ofereçam uma resposta apropriada.

Visto que a Grã-Bretanha já vinha tentando lidar de forma delicada com a América Latina, a fim de evitar que sua briga com a Argentina sobre as Ilhas Malvinas se disseminasse pelo continente, o momento em que essa crise ocorre é ruim, para dizer o mínimo.

Por outro lado, a Suécia rapidamente se alinhou com a Grã-Bretanha para expor seu descontentamento com o Equador, convocando o embaixador do país na Suécia ao Ministério das Relações Exteriores em Estocolmo, classificando como inaceitável que o Equador tente bloquear a investigação sueca.

E uma questão permanece: por quanto tempo Assange permanecerá enfurnado na embaixada equatoriana, tendo obtido asilo, mas incapaz de sair da representação diplomática sem ser preso?

Parece haver pouca esperança prática de retirá-lo às escondidas. Em teoria, ele poderá permanecer lá por muito tempo.

O dissidente chinês Fang Lizhi, que buscou refúgio na embaixada americana em Pequim, em 1989, onde permaneceu por um ano.

O cardeal húngaro József Mindszenty, que encontrou abrigo na embaixada dos Estados Unidos em Budapeste após a insurreição anticomunista no país em 1956, permaneceu lá por 15 anos, até 1971. E há também dois integrantes da junta militar que governou a Etiópia que ainda estão refugiados na embaixada da Itália em Adis Abeba, onde se encontram desde 1991.

Foi talvez tendo isso em mente que um diplomata britânico observou, com aparente frustração, que seria impossível e caro demais manter um policiamento de 24 horas em torno à embaixada equatoriana indefinidamente e que alguma outra solução ao impasse teria de ser encontrada.

O que começou como uma negociação complicada se transformou em uma profunda crise, envolvendo não apenas a Grã-Bretanha e o Equador, mas também a Suécia e os Estados Unidos.

E quanto mais elevada for a temperatura política nesta história complexa e cheia de meandros, mais difícil será encontrar uma saída diplomática.

Reproduzido de Correio do Brasil
17 ago 2012

Assista a outros videos de "The Julian Assange Show" no RT clicando aqui.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

"A manipulação das informações pela mídia é mais perigosa do que aquela feita pelos governos”



"Julian Assange, fundador do WikiLeaks, concedeu uma entrevista exclusiva aos internautas brasileiros. Essa iniciativa só foi possível graças à ação articulada da blogosfera e, claro, aos internautas que enviaram questões. No total foram cerca de 350 perguntas, das quais doze foram escolhidas. Na entrevista, Assange explica por que trabalha em parceria com a grande mídia e debate a manipulação de informação e como o vazamento de dados pode alterar a atuação dos governos. Assange ainda teve de explicar porque devemos confiar nele e no Wikileaks".

Rodrigo Viana . Blog O Escrevinhador
26.01.2011


"Julian Assange também esclarece que sua organização não é “exclusivamente de esquerda, mas uma organização pela verdade e pela justiça”. As declarações foram dadas em entrevista exclusiva a internautas brasileiros, que foi publicada por diversos blogs – entre eles, o Blog do Nassif, Viomundo, Proto-Blog, Nota de Rodapé, Maria Frô, Trezentos, O Escrevinhador, Blog do Guaciara".



Por Marcelo Salles . Fazendo Mídia
26.01.2011



Leia mais trechos da entrevista na página do Fazendo Mídia clicando aqui e no Blog O Escrevinhador clicando aqui.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Wikileaks por Natália Viana: Larry Flint e Michael Moore


"Nos últimos dias dois jornalistas, digamos, “não-ortodoxos” escreveram para defender Julian Assange e a empreitada do WikiLeaks.

Não são quaisquer  jornalistas, mas pessoas que trabalharam para reinventar a profissão e deixar de lado as caretices que a engessavam – e que enfrentaram repetidas batalhas judiciais por isso – Larry Flint, publisher da Hustler Magazine, e o documentarista Michael Moore".

Leia o texto de Natália Vale na Carta Capital Wikileaks clicando aqui.
Leia também "Michael Moore ajuda a pagar caução de Assange" clicando aqui.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A estupidez. O horror. A barbárie. A guerra



– Julian, bem vindo. Foi noticiado que o WikiLeaks liberou mais documentos confidenciais do que toda a mídia mundial, junta. Isso não poderia ser verdade.
 Sim, não pode ser verdade. É preocupante, não é mesmo? Que toda a mídia mundial esteja fazendo um trabalho tão ruim. Que um pequeno grupo de ativistas possa ter liberado mais deste tipo de informação do que toda a imprensa mundial.

Trecho do documentário ‘Wikirebels’

A estupidez. O horror. A barbárie. A guerra. A corrupção. Os crimes contra a Humanidade. Aqueles que, neste exato momento, desqualificam o trabalho do WikiLeaks não têm coragem, ou competência, para enxergar os documentos agora expostos. Estão aqui, abaixo. Não continue se não tiver estômago. “Eu comecei a chorar, como fazem todas as pessoas que assistem ao filme”, afirma uma jornalista da Islândia.

Leia o texto de Gustavo Barreto, abordando o documentário Wikirebels, em ConsciênciaNet clicando aqui.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Wikileaks X Liberdade de expressão


Digam o que disserem, esperneiem como quiserem, tomem as medidas mais tradicionais e também as mais estapafúrdias possíveis para amordaçá-lo, retenham seus movimentos, a verdade é que se existe alguém, nos dias que correm, melhor antenado com a ideia de cidadania para além das fronteiras puramente nacionais, esse alguém é um australiano com seus incompletos 40 anos de idade.

(...) Para nossa grande imprensa, que tem elegido a defesa da liberdade de expressão com aquele ardor digno dos seguidores de Antonio Conselheiro no episódio de Canudos, soa patético que não conheçamos nenhum editorial inflamado em defesa de Assange e contra sua prisão, aparentemente causada por suas peripécias sexuais na Suécia e que incluem até uma obscura história de estupro. 

(...) Se o jornalismo tradicional – aquele que é impresso em jornais e revistas, que é ouvido nas rádios e assistido nos telejornais – constrói sua versão da realidade tendo como ponto de partida apenas uma ou duas peças do quebra-cabeça, e sobre estas cobre o restante da imagem com a opinião de seus colunistas e comentaristas, quase sempre de política ou de economia, o WikiLeaks arroga para si o mérito de realizar jornalismo científico, aquele que opera com outros suportes de mídia para trazer as notícias para as pessoas, "mas também para provar que essas notícias são verdadeiras". E como faz isso? Com a palavra Julian Assange:

"O jornalismo científico permite que você leia as notícias, e então clique num link para ver o documento original no qual a notícia foi baseada. Desta maneira você mesmo pode julgar: esta notícia é verdadeira?
Os jornalistas a reportaram de maneira precisa?"

A construção do mito Assange
Washinton Araújo

Leia o texto completo no Observatório da Imprensa clicando aqui.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Wikileaks: Quem manipula as acusadoras de Assange?


Leia o texto de Ernesto Carmona/Colômbia, republicado no FNDC clicando aqui.


Veja também: Wikileaks, o que está em jogo? Debate dia 15 dez 2010, com a participação de Natália Viana, jornalista parceira do Wikileaks no Brasil, clicando aqui.


Entrevista de Natália Viana na Rede Brasil Atual: Wikileaks e a nova fronteira da comunicação, clicando aqui.


Para ler Artigos da semana sobre o Wikileaks na seção Imprensa em Questão do Observatório da Imprensa, clique aqui


Vermelho: Descubra como o jovem Wikileaks provoca a ira de grandes gigantes, clicando aqui.



terça-feira, 7 de dezembro de 2010

"A mídia ajuda a manter um governo honesto" . Julian Assange . Wikileaks


“Sociedades democráticas precisam de uma mídia forte e o Wikileaks faz parte dessa mídia. A mídia ajuda a manter um governo honesto. Wikileaks revelou algumas duras verdades sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão, e notícias defeituosas (‘broken stories’) sobre corrupção corporativa.

As pessoas afirmaram que sou anti-guerra: que fique registrado, eu não sou. Algumas vezes, nações precisam ir à guerra, e simplesmente há guerras. Mas não há nada mais errado do que um governo mentir à sua população sobre estas guerras, e então pedir a estes mesmos cidadãos que coloquem suas vidas e o dinheiro de seus impostos a serviço destas mentiras. Se uma guerra é justificável, então diga a verdade e a população dirá se deve apoiá-la ou não”.

Texto de Julian Assange, editor-chefe do Wikileaks,
escrito horas antes de sua prisão em 07 dez 2010.

Leia o texto completo em inglês clicando aqui.
Leia o texto completo em português clicando aqui.