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segunda-feira, 16 de junho de 2014

Guia publicado pelo Intervozes sobre Mídia e Direitos Humanos


Guia publicado pelo Intervozes sobre Mídia e Direitos Humanos

O material é uma das ações do Ciclo de Formação em Mídia e Educação em Direitos Humanos, projeto do Intervozes em conveniamento com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, que culminou na realização de formações em cinco capitais brasileiras com comunicadores e/ou jornalistas e na produção de um Seminário Nacional, realizado em Brasília, em março deste ano.

O Guia Mídia e Direitos Humanos apresenta questões gerais sobre direitos de negros e negras, população LGBT, mulheres, pessoas com deficiência, crianças e adolescentes e população idosa e está estruturado em oito seções: “situando a pauta”, “marcos legais”; “calendário de pautas”; “em pauta”; “fique atento”; “boas práticas”; “glossário” e “guia de fontes”.

O Guia pode ser acessado e baixado gratuitamente aqui.

Reproduzido de Intervozes
04 jun 2014

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Marilena Chauí: “qualquer coisa que se possa dizer sobre a mídia brasileira será obsceno”


Marilena Chauí: “qualquer coisa que se possa dizer sobre a mídia brasileira será obsceno”

A declaração da filósofa e professora Marilena Chauí sintetiza o estado atual da mídia brasileira. Um estado tão baixo que sequer pode ser pronunciado. E é esse tipo de mídia que (des)informa a maioria dos brasileiros.

Reproduzido de Educação Política
10 maio 2013

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

“Uma mídia livre e pluralista para sustentar a democracia europeia”


Neelie Kroes, with Prof Herta Daubler-Gmelin (left) and Prof Vaire Vike Freiberga

Depois de Leveson, a União Europeia

Venício A. de Lima *
Observatório da Imprensa
29/01/2013 na edição 731

Sob o ensurdecedor silêncio da grande mídia brasileira, foi divulgado em Bruxelas, no último dia 22, o relatório “Uma mídia livre e pluralista para sustentar a democracia europeia”, comissionado pela vice-presidente da União Europeia, Neelie Kroes, encarregada da Agenda Digital [ver aqui a íntegra do relatório].

Preparado por um grupo de alto nível (HLG) presidido pela ex-presidente da Letônia, Vaira Vike-Freiberga, e do qual faziam parte Herta Däubler-Gmelin, ex-ministra da Justiça alemã; Luís Miguel Poiares Pessoa Maduro, ex-advogado geral na Corte de Justiça Europeia, e Ben Hammersley, jornalista especializado em tecnologia, o relatório faz 30 recomendações sobre a regulamentação da mídia como resultado de um trabalho de 16 meses que começou em outubro de 2011. As recomendações serão agora debatidas no âmbito da Comissão Europeia.

O relatório

O relatório, por óbvio, deve ser lido na íntegra. Ele começa com um sumário das principais conclusões e recomendações e, na parte substantiva, está dividido em cinco capítulos que apresentam e discutem as bases conceituais e jurídicas que justificam as diferentes recomendações: (1) por que a liberdade da mídia e o pluralismo importam; (2) o papel da União Europeia; (3) o mutante ambiente da mídia; (4) a proteção da liberdade do jornalista; e (5) o pluralismo na mídia.

Há ainda um anexo de 12 páginas que lista as autoridades ouvidas, as contribuições escritas recebidas e os documentos consultados. A boa notícia é que quase todo esse material está disponível online.

Para aqueles a favor da regulamentação democrática da mídia, da mesma forma que já havia acontecido com o relatório Leveson, é alentador verificar como antigas propostas sistematicamente tachadas pela grande mídia e seus aliados da direita conservadora de autoritárias, promotoras da censura e inimigas da liberdade de expressão são apresentadas e defendidas por experts internacionais, comissionados pela União Europeia.

Fundamento de todo o relatório são os conceitos de liberdade de mídia e pluralismo. Está lá:

“O conceito de liberdade de mídia está intimamente relacionado à noção de liberdade de expressão, mas não é idêntico a ela [grifo meu]. A última está entronizada nos valores e direitos fundamentais da Europa: ‘Todos têm o direito à liberdade de expressão. Esse direito inclui a liberdade de ter opiniões, de transmitir e receber informações e ideias sem interferência da autoridade pública e independente de fronteiras’ (…).

“Pluralismo na mídia é um conceito que vai muito além da propriedade. Ele inclui muitos aspectos, desde, por exemplo, regras relativas a controle de conteúdo no licenciamento de sistemas de radiodifusão, o estabelecimento de liberdade editorial, a independência e o status de serviço público de radiodifusores, a situação profissional de jornalistas, a relação entre a mídia e os atores políticos etc. Pluralismo inclui todas as medidas que garantam o acesso dos cidadãos a uma variedade de fontes e vozes de informação, permitindo a eles que formem opiniões sem a influência indevida de um poder [formador de opiniões] dominante”.

Encontram-se no relatório propostas como: (1) a introdução da educação para a leitura crítica da mídia nas escolas secundárias; (2) o monitoramento permanente do conteúdo da mídia por parte de organismo oficial ou, alternativamente, por um centro independente ligado à academia, e a publicação regular de relatórios que seriam encaminhados ao Parlamento para eventuais medidas que assegurem a liberdade e o pluralismo; (3) a total neutralidade de rede na internet; (4) a provisão de fundos estatais para o financiamento da mídia alternativa que seja inviável comercialmente, mas essencial ao pluralismo; (5) a existência de mecanismos que garantam a identificação dos responsáveis por calúnias e a garantia da resposta e da retratação de acusações indevidas.

Pelo histórico de feroz resistência que encontra entre nós, vale o registro uma proposta específica. Após considerações sobre o reiterado fracasso de agências autorreguladoras, o relatório propõe:

“Todos os países da União Europeia deveriam ter conselhos de mídia independentes, cujos membros tenham origem política e cultural equilibrada, assim como sejam socialmente diversificados. Esses organismos teriam competência para investigar reclamações (…), mas também se certificariam de que as organizações de mídia publicaram seus códigos de conduta e revelaram detalhes sobre propriedade, declarações de conflito de interesse etc. Os conselhos de mídia devem ter poderes legais, tais como a imposição de multas, determinar a publicação de justificativas [apologies] em veículos impressos ou eletrônicos, e cassação do status jornalístico.”
E no Brasil?

A publicação de mais um estudo oficial sobre regulamentação da mídia, desta vez pela União Europeia, menos de dois meses depois do relatório Leveson na Inglaterra, revela que o tema é pauta obrigatória nas sociedades democráticas e não apenas em vizinhos latino-americanos como a Argentina, o Uruguai e o Equador, mas, sobretudo, na Europa.

No Brasil, como se sabe, “faz-se de conta” que não é bem assim e o tema permanece “esquecido” pelo governo, além de demonizado publicamente pela grande mídia como ameaça à liberdade de expressão.

Quem se beneficia com essa situação? Até quando seguiremos na contramão da história?

* Venício A. de Lima é jornalista e sociólogo, pesquisador visitante no Departamento de Ciência Política da UFMG (2012-2013), professor de Ciência Política e Comunicação da UnB (aposentado) e autor de Política de Comunicações: um Balanço dos Governos Lula (2003-2010), Editora Publisher Brasil, 2012, entre outros livros. Este artigo foi publicado originalmente no Observatório da Imprensa.

Reproduzido de Observatório da Imprensa
29 jan 2013 via clipping FNDC


Leia também:

"A free and pluralistic media to sustain European democracy" (“Uma mídia livre e pluralista para sustentar a democracia europeia”), clicando aqui.


“EU Publishes Report – “A free and pluralistic media to sustain European Democracy”, clicando aqui.

"The Leveson Inquiry", clicando aqui.

Comentário de Filosomídia:

“Uma mídia livre e pluralista para sustentar a democracia europeia”? Deus está vendo...
Tsc... tsc...

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O guia do consumo de mídia da América Latina


IBOPE Media lança a terceira edição de seu Media Book, com dados de 13 países

O IBOPE Media anuncia o lançamento da 3ª edição de seu Media Book, publicação que traz dados consolidados do cenário latino-americano de janeiro a dezembro de 2010. Reunindo informações de 13 países do continente americano (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, México, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico e Uruguai), o material é publicado em português, inglês e espanhol.

No interior, o livro traz dados de audiência de TV aberta, TV por assinatura, rádio, internet, jornal, revista e investimento publicitário mensal em cada mídia. Além disso, conta com as maiores agências e os maiores anunciantes dos determinados países, apresentando dados da população de cada um – como nível socioeconômico, divisão da população por idade, entre outros. O livro também tem uma versão online em português, disponível no site do Ibope.

Redação Meio & Mensagem
22 set 2011

Via Clipping FNDC

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Jaime Sautchuk: Mídia Democrática


"A Internet é apontada, hoje, como a redenção, o alvorecer da era da verdadeira democratização da mídia, os meios de comunicação no mundo. Está mais do que claro, porém, que essa é mais uma ilusão, de tantas que a história nos guardou.

No varejo, tudo bem, todo mundo pode acessar e trocar lá suas mensagens. Fazer páginas, blogs, redes e tudo o quanto quiser para falar de política ou sexo é fácil e até banal. É como se fosse uma válvula de escape para as angústias dos viventes. No atacado, porém, a história é muito diferente. O buraco é mais embaixo.

Como no passado, com outras mídias, esta também está sob controle das forças que dominam o mundo. Em temas de importância estratégica para o centro do mundo, em especial os Estados Unidos, as redes são monitoradas e conduzidas. E em momentos de crise, há a possibilidade de controle total. E aí, babau democracia.

Muitos exemplos têm sido mostrados até na grande mídia, meio sem querer, mas que deixam claras as tendências do sistema internético. Um deles é o caso do Egito, onde foram bloqueadas as linhas de celular e o acesso via computador, pelos técnicos do regime então em vigor.

No entanto, os gerentes das redes mundiais intervierem e as desbloquearam. O motivo pode ser qualquer um. O que nos chama atenção, contudo, é a possibilidade de isso ser feito. Tanto o bloquear quanto o desbloquear, como era alardeado, seriam coisas impossíveis. Para usar a linguagem dessa mídia, ksksksks...

Por outro lado, há incontáveis páginas alocadas na rede que não são passíveis de acesso. É o caso, por exemplo, da página das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARCs), que existe, mas que no Brasil ou nos Estados Unidos, ninguém consegue acessar, por motivos “técnicos”.

Isso nos remonta à própria história dos modernos meios de comunicação. Desde a sua primeira etapa, que foi a da luta pela liberdade de imprensa. Esta era pelo direito de se possuir uma máquina impressora, até então estatais, como forma de, a partir dela, exercer outra liberdade, a de expressão.

Transferiu-se apenas o controle das máquinas das mãos do estado para as mãos dos setores privados que controlam inclusive o estado. Ou seja, os meios seguirem nas mãos das elites. E estas sempre estiveram a favor do colonialismo, da dominação do mundo, do subjugo de povos, da exploração de recursos naturais e assim por diante.

Jaime Sautchuk
Trabalhou nos principais órgãos da imprensa, Estado de SP, Globo, Folha de S.Paulo e Veja. E na imprensa de resistência, Opinião e Movimento. Atuou na BBC de Londres, dirigiu duas emissoras da RBS.

Leia o texto completo no Portal Vermelho, clicando aqui.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Da sociedade dos mídias à sociedade em midiatização


"A sociedade em midiatização constitui o caldo cultural onde os diversos processos sociais acontecem. Ela é uma ambiência, um novo modo de ser no mundo, que caracteriza a sociedade atual. Comunicação e sociedade, imbricadas na produção de sentido, articulam-se nesse caldo de cultura que é resultado da emergência e do extremo desenvolvimento tecnológico. Mais do que um estágio na evolução, ele é um salto qualitativo que estabelece o totalmente novo na sociedade." 

A trajetória da sociedade dos mídias à sociedade em midiatização é um processo lento e gradual que se desenvolve em dois eixos profundamente interligados. De um lado, temos o eixo do tempo que nos insere na perspectiva de uma evolução cronológica que vai dos primórdios da consciência e chega aos dias atuais. O segundo eixo situa-se na dimensão qualitativa, de complexidade cada vez mais crescente nas relações, inter-relações e interconexões humanas. É a bissetriz de ambos que espelha a flecha simbólica da evolução humana.

Pedro Gilberto Gomes
IHU - Instituto Humanitas Unisinos

Leia o artigo acima completo na página do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, FNDC, clicando aqui.


Leia também do mesmo autor "A nova versão do meio como mensagem", na página do FNDC clicando aqui.

quinta-feira, 17 de março de 2011

ONU lança cartilha pela melhoria da mídia


A Organização das Nações Unidas para a ciência, educação e a cultura, a Unesco, divulgou hoje sugestões para atualizar a legislação da mídia no país. Entre as propostas, estão a definição de cotas de programação nacional e regional e a análise técnica das autorizações, para canais de rádio e tv.


Repórter Brasil Online . EBC



Leia mais sobre o documento clicando aqui.


Descarregue o documento:
"O Ambiente Regulatório para a Radiodifusão: Uma Pesquisa de Melhores Práticas para os Atores-Chave Brasileiros" clicando aqui.


Descarregue o documento:
"Liberdade de Expressão e Regulação da Radiodifusão" clicando aqui.


Descarregue  do documento:
"A importância da Autorregulação da mídia para a Liberdade de Expressão" clicando aqui.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A mídia e a ocultação da verdade


"Mídia, na cabeça de todo mundo, são meios de informação. Para Pascual Serrano, é exatamente o contrário. Desinformação é o título do seu livro que já vai para a sexta edição. Sim, a partir de exemplos do mundo todo, o jovem escritor catalão prova com mil fatos e dados que a mídia são meios de desinformação e não de informação. Meios de ocultação da verdade. De omissão de fatos, de dissimulação. Muitas vezes, de total e absoluta mentira.

Ignácio Ramonet, parceiro e mestre de Serrano, sempre cita o caso mais gritante do começo do século XXI, no qual a mídia criou, manteve e reafirmou milhares de vezes uma tremenda farsa. O caso da invasão do Iraque pelos EUA, em março de 2003. Todas as famosas e renomadas agências internacionais de informação se esmeraram em desinformar o mundo para fazer acreditar que os EUA bombardeariam Bagdá por puríssimo amor à democracia contra o ditador Saddam Hussein.

Depois deste bombardeio midiático mundial de desinformação, 51% dos estadunidenses acreditavam piamente que o tal ditador Saddam tinha participado pessoalmente do atentado às Torres Gêmeas.

Serrano passeia da sua Espanha à África grande e esquecida; da Ásia, com seu Oriente Médio e a “ameaçadora” China à Europa dos Berlusconi e dos Post; da efervescente América Latina bolivariana à Rússia com sua nova Guerra Fria. Em cada caso, ele desnuda os mecanismos de produção de uma visão única e necessária para a manutenção da ideologia e da hegemonia dominante. Isto é, da ideologia do capitalismo neoliberal.

Mas Serrano não deixa nenhuma visão pessimista. Com o realismo de quem não tem medo de ser pessimista na análise, mas otimista no sonho, Serrano ao longo do seu envolvente livro se coloca a clássica pergunta: O que Fazer? Propõe formar e educar as massas vítimas da intoxicação da mídia empresarial, isto é, da classe patronal, a resistir. Tarefa para todo tipo de comunicador é reafirmar que “Outra comunicação é possível”.

Reafirmar e agir para tornar este sonho realidade. Sonho? Sim, mas pode-se pensar em torná-lo realidade. Parafraseando Lênin, após a derrota da primeira revolução russa, em 1905, podemos dizer “Sonhos é preciso tê-los. Mas na condição de confrontá-los constantemente com a realidade e de lutar incessantemente para torná-los realidade”. Pascual, com seu site Rebelión, seus artigos em inúmeros jornais europeus e latinoamericanos, suas palestras pelo mundo afora e seu livro-alerta “Desinformacion. Como los médios ocultam el mundo” está entre os que cultivam sonhos. O sonho de outra hegemonia que a do capital”.

Vito Gianotti

"La mayoría de los ciudadanos considera que, después de leer la prensa o ver los telediarios, está informada de la actualidad internacional. Sin embargo, la realidad dista mucho de ser la imagen unívoca ofrecida por los medios. Este libro recorre los principales acontecimientos de los últimos años mostrando —mediante entrevistas con expertos, bibliografía especializada y consulta de medios alternativos— que lo sucedido no es lo que nos han contando.

Pascual Serrano, con una incisiva mirada, desentraña el funcionamiento de los grandes medios de masas para hacernos comprender que la desinformación es una constante. Lo que creemos que está sucediendo en el mundo es sólo una falsa composición al servicio de unos intereses que van, poco a poco, conformando la opinión pública. La obra, además, propone técnicas y hábitos de lectura para fomentar una nueva actitud, independiente, ante la información y promover así una ciudadanía resistente a la manipulación.

"Desinformación. Cómo los medios ocultan el mundo", recibió una de las cinco menciones honoríficas del Premio Libertador 2009.

"Este nuevo libro de Pascual Serrano establece de modo definitivo, con un catálogo abrumador de hechos, datos y ejemplos, la prueba del ADN de que los medios desinforman". Ignacio Ramonet

Leia mais na página de Pascual Serrano clicando aqui.


Vídeo com entrevista a Pascual Serrano na Pluràlia TV clicando aqui. Série de 13 Vídeos sobre o livro no Youtube clicando aqui.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Homo Videns: Televisão e Pós-pensamento, de Giovanni Sartori


Liberais contra a TV?

Nos anos 1970/80, era da esquerda — em especial a marxista — que procediam as críticas mais ferozes aos media, particularmente à televisão. Na esteira da Escola de Frankfurt (Adorno, Horkheimer e Marcuse), alguns estudiosos e ideólogos denunciavam a "indústria cultural" como serviçal do capitalismo, não menos que a ciência e a técnica. Outros, seguindo Althusser, viam a televisão como mero "aparato ideológico do Estado", que, tal como a escola, tinha por objetivo "inculcar" a ideologia dominante. E havia também os que, apegados ao conceito de "indústria da consciência", elaborado por Hans Magnus Enzensberger, vislumbravam um caminho de mão dupla: os "meios de comunicação de massa" podiam, sim, ser utilizados em sentido "emancipatório", isto é, numa perspectiva socialista — a bem da verdade, algo que os seguidores de Gramsci, por sua vez aferrados ao conceito de "hegemonia", já tinham percebido bem antes do ensaísta e poeta alemão.

A partir dos anos 90, porém, ocorre um deslocamento ideológico da crítica. Curiosamente, agora são os liberais a tomar a televisão como alvo de tiro. Tudo começou com o filósofo Karl Popper, um dos maiores epistemólogos do século XX, abominado pelos marxistas por seu suposto "positivismo" e malvisto pelos conservadores por sua impaciência com as ideologias, as religiões e a metafísica. Defendendo a criação de "uma lei para a televisão" (cf. Televisão: Um Perigo para a Democracia, Gradiva, 1995), o teórico da "sociedade aberta" chegou a reivindicar uma maior presença dos organismos de Estado em relação à TV (logo ele, politicamente um liberal!).

Apesar de lhe terem atribuído a exigência de censura, o que Popper realmente queria era chamar a atenção para um ponto essencial: na democracia não há poder político sem algum controle. E a TV, dizia o filósofo, exerce um tremendo poder político, "potencialmente o mais importante de todos, como se tivesse substituído a voz de Deus". Para Popper, esse meio "adquiriu um poder demasiado vasto" — e nenhuma democracia pode sobreviver a tal "onipotência".

Não é insensato afirmar que todos os poderes políticos, numa democracia, devem ter alguma forma de controle público. O que se discute é quem exercerá esse controle para que se evitem excessos. No caso da TV, o Estado, embora sendo o poder concessor, certamente não é a melhor indicação, mesmo sob governos democráticos (nas ditaduras, pior ainda). A solução talvez seja a auto-regulamentação, isto é, atribuir essa responsabilidade às próprias empresas de comunicação e aos profissionais que nela trabalham, ou adotar a co-regulamentação, envolvendo, além dos empresários do setor, representantes de organizações não governamentais e outras entidades sociais etc. De qualquer modo, o importante é ter em conta que os excessos podem ser punidos a posteriori — medida, convenhamos, mais civilizada que censurar".

Orlando Tambosi

Publicado originalmente em Estudos de Jornalismo e Mídia, Florianópolis, Editora Insular, vol. I, Semestre I/2004.

Leia o texto acima completo clicando aqui.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Ecuador: Voz de la Niñez y Adolescencia


Voz de la Niñez y Adolescencia

Estamos viviendo una crisis a nivel mundial; este es un momento en el que nuestro planeta, bastante maltratado y olvidado por nosotros, los irresponsables seres humanos, esta tratando de manifestarse y comunicarnos algo a través de desastres naturales, cambios radicales del curso y ciclo de la naturaleza, escases de elementos fundamentales para la vida, desaparición de nuestras maravillas naturales a nivel general, etc. Que acaso estamos tan acostumbrados a cerrar nuestros sentidos a la realidad que no nos damos cuenta de que debemos actuar cuanto antes y proteger el planeta???, no es acaso una alerta lo suficientemente impactante y clara el hecho de que haya miles de personas muriendo por agua en países subdesarrollados???, y otras miles de personas hayan perdido sus vidas en desastres naturales tales como los terremotos???, lo ideal seria que respondiéramos que si, que estamos conscientes de lo que sucede en la actualidad y que sobre todo, ACTUEMOS, que demostremos por medio de nuestros actos cuanto valoramos a nuestro bello planeta y cuanto valoramos nuestra vida. Pero en cierta manera, lo hecho, hecho esta (eso no significa que no podamos actuar y cambiar la situación) y debemos aceptar y afrontar las consecuencias de nuestros actos. 

Cinthia Duran - 14 años

Leia o texto completo clicando aqui.



ACNNA . Agencia de Comunicación de Niñas, Niños y Adolescentes
Nuestra labor es fomentar el enfoque de derechos en el tratamiento periodístico para niñez y adolescencia ecuatorianas.

Para saber mais:


sábado, 27 de novembro de 2010

O fetichismo da midiocracia: "A ditadura da mídia" de Altamiro Borges



Para reler, meditar e (re)agir pela efetiva democratização da comunicação


O livro "A ditadura da mídia", de Altamiro Borges, faz um levantamento histórico sobre a concentração da mídia e seu poder de fogo na mão de poucas empresas e/ou oligarquias familiares. Além disso o autor apresenta um conjunto de propostas para serem debatidas na Conferência Nacional de Comunicação, como o fortalecimento da radiodifusão pública, a revisão dos critérios das concessões, a revisão dos critérios da publicidade oficial, o estímulo à radiodifusão comunitária, inclusão digital e novo marco regulatório para as comunicações.

Para ler o texto acima completo, de Flávio Aguiar em Carta Maior clique aqui.
Para adquirir o livro clique aqui.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Emiliano José: Mídia, golpes e tortura


"No Brasil a Casa Grande não descansa. E a principal voz da Casa Grande no Brasil é a mídia hegemônica, aquele grupo de poucas famílias que se pretende o intérprete da realidade brasileira, apesar de há muito ter deixado de sê-lo. A um jornalismo sério, que tivesse compromisso com a história, a um jornalismo que tivesse alguma ligação, tênue que fosse, com a idéia de democracia, que se preocupasse com a educação das novas gerações, caberia discutir a monstruosidade da tortura, mostrar o que ela tem de lesa-humanidade. Mostrar que qualquer processo que envolva tortura não merece qualquer crédito. Mas esse não é o jornalismo brasileiro".

Leia o texto completo clicando aqui.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Regulação da mídia e da cultura


Regulação da mídia é o tema da vez. Aparece-nos às vezes sob ameaça de censura, necessidade de controle social, urgência em democratizar os meios de comunicação. O problema é antigo no Brasil. E sua solução depende de destrincharmos uma série de questões mal resolvidas em nossa recente democracia. Acima de tudo, é preciso compreender o processo de transformação e convergência que os sistemas de comunicação, público e privado, sofrem no país e no mundo. O que o transforma cada vez mais em uma questão cultural: de cidadania, diversidade e democracia.

Sem a pretensão de esgotar o assunto, tentarei elencar aqui algumas dessas dimensões, que compõem um emaranhado de difícil compreensão e resolução.

Por Leonardo Brant

Leia o texto completo clicando aqui e aqui.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Filosomídia da Libertação

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_____
Mídia da Libertação
Libertação para a Mídia
Mídia para a Libertação
Mídia da Libertação
Mídia de Libertação
Sabedoria para a Libertação
Mídia
Educação
Filosofia
Filosomidia
Filosomidiaeducando
Filosomediando
Libertação
Sabedoria
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saber
conhecer
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fazer
vivenciar
construir
poder
pontencializar
energizar
amar
intuir
vida
sabedoria
_____
América Latina
Midialidades
Jornalidades
Telejornalidades
Webjornalidades
Comunicação para a Sabedoria
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Abya Yala
Amawta
Yanasa
Amawtay Wasi