segunda-feira, 18 de abril de 2011

Biblioteca Comunitária Amigos dos Livros: o pintor de paredes que pinta corações


"Roberto Sampaio montou uma biblioteca com 23 mil livros e sonha com um país onde o conhecimento chegue a todos.

Em meio aos tensos anos do regime militar, Roberto teve que morar na Argentina aos 10 anos de idade com os irmãos. Do período, guarda lembranças de uma educação cuidadosa – na qual sentiu pela primeira vez o cheiro dos livros – e da saudade de seu país, dos amigos, da escola.

A distância apenas aumentou seu sentimento de pertencer à nação brasileira e a esperança de um dia voltar ao Brasil e lutar por ele. Hoje, Roberto Carlos Sampaio se angustia ao ver como certos “representantes do povo brasileiro” menosprezam a democracia e todas as formas de liberdade e respeito entre as pessoas; e segue lutando como cidadão para que o acesso à cultura e ao conhecimento chegue a todos, pois acredita que apenas o saber tem a força de transformar a realidade social.

Como parte da construção de seu sonho, Roberto montou uma biblioteca em sua casa, em Taquara, no Rio Grande do Sul, que hoje conta com 23 mil livros, a biblioteca comunitária Amigos do Livro. Como ele diz, “sou pintor de paredes, mas sei da minha responsabilidade social como cidadão”. E os sonhos de Roberto ainda não terminaram. Ele pretende inaugurar dentro de dois anos um teatro para 90 pessoas no fundo da sua casa.

O pintor de paredes, que poderia muito bem ser chamado de pintor de corações, não esqueceu o passado difícil, mas não quer sacrificar as promessas do futuro nem com as lembranças de ontem, tampouco com as decepções e tristezas de hoje. “Mas que passei maus bocados isso passei”, diz ele.

Roberto concedeu uma entrevista ao blog Educação Política na qual conta um pouco mais sobre a sua história de vida e fala a respeito dos desafios que o Brasil ainda tem que enfrentar, dentre eles, fazer com que o conhecimento e a educação sejam mais atrativos para os jovens do que a violência e o crime por exemplo. Ele também revela qual o seu sonho para o país, algo como uma realidade em que todos possam experimentar de fato a oportunidade e a sensação de ter, ou melhor, adquirir conhecimento, isso por que, para Roberto, duas coisas são sempre verdade e nunca podem ser tiradas de alguém: os sonhos e o saber; e só por elas vale a pena lutar!"

Leia a entrevista completa na página de "Educação Política - mídia, economia e cultura" por Glauco Cortez", clicando aqui.

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