Não vou rabiscar nesta edição uma salada de palavras sobre o sacrifício de editar a publicação que nos reúne, porque tem sido óbvio o esforço das colegas para obtermos a marca de 20 edições. Por outro lado, ninguém as obriga a gastar dinheiro do bolso cada dois meses para escrever, fotografar, editar e publicar desde uma perspectiva totalmente diversa da predominante. O fazem porque entendem que assim deve ser e para isso escolheram esta profissão de jornalistas e escrevedoras. Inclusive, essa ação as obriga a cumprir com outras tantas demandas geradas pela sua ousadia. No entanto, se faz preciso avançar na compreensão do que leva a construir este tipo de serviço.
Em todo caso, fugindo da discursiva messiânica da esquerda institucional, mediatizada no uso mais medíocre da linguagem, onde se perde o sentido das palavras essenciais: Povo, Massa, Coletivo, Operário, Educador, Líder, Partido, Organização, Luta de Classes, e barateiam-se como Consumidor, Eleitor, Grupo, Funcionário, Professor, Presidente, Estrutura, Humanização do Sistema, estas loucas da Companhia dos Loucos acometeram com 20 Ações de Liberdade, publicando 20 vezes uma revista que não deveria ter durado mais de uma edição. Que significa este gesto?
Raul Fitipaldi
Pobre & Nojentas . março de 2010
Identidade visual vibrante, fontes leves, leitura de fácil ritmo e layout bem distribuído - com manchetes, fotos e textos redondos, em constante diálogo. Um pitéu!
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