segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O que seu filho faz na internet?


Mais da metade dos jovens sabe esconder dos pais o que faz na rede


Afinal, em algum momento, o adolescente fatalmente se verá sozinho diante de um dispositivo com acesso à rede sem nenhum tipo de controle de software ou supervisão dos responsáveis. Seja esse dispositivo um desktop, seja um notebook, um tablet ou um celular – plataforma de acesso à internet que vem crescendo tanto entre a faixa etária que as operadoras de telefonia já oferecem planos que atendem, diretamente, às demandas dessa turma. “Vendemos pacotes que habilitam celulares pré-pagos a acessar a internet por um dia inteiro por apenas R$ 0,50”, explica Roger Solé, diretor de marketing consumer da TIM. O preço é inferior ao cobrado por boa parte das lan houses, casas que oferecem computadores ligados à rede por um valor fixo cobrado por hora.

Outras grandes operadoras, como a Vivo e a Claro, também oferecem serviços parecidos, de olho nos usuários ávidos por redes sociais e sistemas de mensagens instantâneas. “Eu já acesso a internet mais pelo celular do que pelo computador”, conta o paulistano Bruno Camacho, 18 anos, que deve completar o ensino médio este ano e tem um iPhone da Apple. Entre os serviços mais acessados por ele estão o onipresente MSN Messenger, o Orkut e o Skype, um sistema que permite fazer ligações telefônicas gratuitas pela internet. “Há programas de controle de acesso para telefones celulares, mas o mercado desse tipo de software ainda é pequeno”, explica Wanderson Castilho, perito em crimes digitais e criador de uma opção de programa para monitoramento remoto de celulares. Ou seja: boa parte do acesso por celulares é feita livremente.

Nesse ambiente de hiperconectividade, em que as oportunidades para que algo fuja ao controle se multiplicam, até os pais com filhos aparentemente aptos a circular pela internet com segurança devem estar prontos para lidar com eventuais deslizes no mundo virtual. “O adolescente está em processo de formação de identidade, ele quer testar os limites”, explica Cecília Zylberstajn, psicoterapeuta especializada em adolescentes. “Nem a estrutura neurológica que lida com o controle dos impulsos está totalmente desenvolvida”, lembra. Assim, é de se esperar que ele erre na vida virtual como falha na vida real.

João Lopes, Isto É
Rrepoduzido no site da FNDC, Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação.

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