quinta-feira, 10 de maio de 2012

Projeto Criança e Consumo (Instituto Alana) defende proibição de publicidade voltada ao público infantil


ONG defende proibição de publicidade voltada ao público infantil

Suzana Vier
Rede Brasil Atual

São Paulo – A coordenadora geral do Projeto Criança e Consumo do Instituto Alana, entidade que analisa o consumismo infantil, Isabela Henriques, disse na sexta-feira (27/04/12) que qualquer tipo de mensagem publicitária direcionada a crianças deveria ser proibida. A especialista participou do seminário “Regulação Sanitária e Desenvolvimento Econômico e Social”, promovido pela Revista Carta Capital, em São Paulo.

“Defendemos que a população de menos de 12 anos não receba nenhum tipo de comunicação de mercado, nenhum tipo de publicidade, de merchandising, de marketing que fale com ela, que tente incentivá-la a consumir produtos e serviços”, apontou 

Segundo a coordenadora do Alana, até a faixa de 12 anos as crianças não têm condições de analisar criticamente as mensagens que recebem. “A criança é muito vulnerável, é muito suscetível a esses apelos publicitários. Elas também são 'muito literais' e recebem as mensagens como dados da realidade, porque não têm os filtros que os adultos possuem.”

O ideal é que a publicidade de produtos e serviços voltados para esta faixa de público seja direcionada aos seus cuidadores.  “Que pais e responsáveis façam a mediação dessa criança com o universo comercial”, disse. “Porque o pai pode fazer análise crítica dessa mensagem e definir dentro do poder familiar que ele tem, inclusive legalmente, se é adequada ou não.”

Isabela aponta que o problema é justamente a falta da presença de um adulto para mediar a comunicação entre o mercado e os pequenos “A mensagem publicitária fala diretamente com a criança e passa por cima do poder familiar”, explicou. 

Isabela ressaltou que a responsabilidade de regular o que pode ser direcionado ou não ao público infantil é do Estado. A autorregulação das empresas  – normas definidas pelo próprio setor – não é suficiente.

Além de cobrar ações efetivas do governo federal para diminuir o impacto da publicidade sobre as crianças, ela lembrou a importância das brincadeiras e atividades recreativas, melhoria geral da qualidade dos alimentos e a necessidade de campanhas educativas voltadas a pais e educadores. “Faltam ações concretas na ponta, no dia a dia, com as crianças”, apontou.

Reproduzido de Rede Brasil Atual

Anvisa promoveu seminário em São Paulo para discutir regulação sanitária

Regulação Sanitária e Desenvolvimento Econômico e Social é o nome do seminário que a Anvisa realizado em São Paulo, dia 27 de abril, sexta-feira, para discutir ações de promoção econômica e social no âmbito da saúde pública, previstas nos programas Brasil Maior e Brasil sem Miséria. A abertura do seminário será feita pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

O evento aconteceu das 09h às 18h, no Espaço Rosa Rosarum, rua Francisco Leitão, Pinheiros.

Os temas discutidos foram:

• A relação do Regulador com o Setor Privado (Dirceu Barbano, Diretor presidente da Anvisa; Paulo Skaf, Presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo; Jorge Gerdau, Coordenador da Câmara Técnica de Políticas de Gestão, Desempenho e Competividade da Presidência da República; Laurie Garret, jornalista norte-americana e membro do Conselho de Relações Exteriores dos Estados Unidos e representante da Organização Mundial de Saúde);

• Segurança Sanitária X Liberdade de Mercado (Omilton Visconde Jr, Sindusfarma; Sussumu Honda, ABRAS; Lia Hasenclever, UFRJ; Jaime Oliveira, Diretor da Anvisa);
• Regulação e Desenvolvimento (Tereza Campello, MDS; Luiz Barreto, Sebrae; José Agenor Alvares, Diretor da Anvisa);

• Os Limites da Propaganda (Gilberto Leifert, CONAR; Eduardo Klotz, ABIA;  Laís Fontenelle, ONG Alana).

Responsável por monitorar a fabricação, a comercialização, o uso e a divulgação de quaisquer produtos e serviços capazes de influenciar na saúde humana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária tem uma abrangência de atuação que corresponde a cerca de 25% do PIB brasileiro.

Indústrias e revendas de alimentos, cosméticos, produtos de limpeza, laboratórios farmacêuticos, hospitais e empresas de importação e exportação integram o âmbito de atividades diretamente regulados pela Anvisa, responsável por fiscalizar operações e autorizar a abertura de estabelecimentos comerciais e fabris, além de conceder registros.

Foram colocadas lado a lado, em quatro mesas temáticas, as principais autoridades de governo, representantes do setor privado e especialistas no assunto. Os palestrantes fizeram suas apresentações e, na sequência, responderam às questões encaminhadas pelo público.

Adaptado de Utilidade Pública

Veja lâminas de apresentação da ANVISA clicando aqui.

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