terça-feira, 24 de maio de 2011

Indígnate: manifestantes também protestam contra a mídia conservadora na Espanha


O mar de indignados que tem se formado em dezenas de cidades da Espanha nos últimos dias, a exemplo das revoltas árabes, faz ver a força do povo e também os contornos de uma nova sociedade na qual os governos não têm mais total controle sobre a informação e sobre a população de forma geral. Tanto nas revoltas árabes quanto agora na Espanha as redes sociais deram uma importante contribuição inicial aos protestos, servindo para organizar e estimular a população.

Na Espanha, há um regime democrático, no entanto, o clima de instabilidade política, econômica e social é evidente o que fez com que os manifestantes gritassem por uma democracia de fato. A corrupção mina as oportunidades no país e atinge principalmente os mais jovens, o resultado é um elevado índice de desemprego entre eles. Neste sentido, a revolução espanhola, também conhecida como 15-M, já entra para a história ao mostrar que a luta popular não termina na democracia, pelo contrário, uma vez nesta é que a batalha começa, justamente para que a democracia se exerça de fato, para que a política seja cidadã e participativa, não simplesmente uma esfera à parte da sociedade, onde predominam as mentiras e a corrupção.

O mais interessante de todo movimento que está sendo desencadeado na Espanha é perceber como não é só a política que está corrompida, como também boa parte da mídia direitista do país. Os manifestantes protestam contra a mídia conservadora que encobre a todo custo a corrupção enquanto rotula os manifestantes de comunistas acusando-os, inclusive, de manterem ligações com o ETA (Grupo Separatista Basco). Um mídia leviana e irresponsável. Daqui a pouco é hora do Brasil se mexer, afinal, em toda essa descrição, qualquer semelhança conosco não é mera coincidência…

Veja trecho de artigo sobre o assunto publicado pela Carta Maior com link por meio do qual pode-se acompanhar, ao vivo, a ação dos manifestantes: clique aqui.

Reproduzido de Educação Política
24 mai 2011.

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