sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Tirania midiática: democracia e os limites da opinião


"A manipulação da opinião é clara nas tiranias. Nas democracias, ela precisa se travestir. Isto porque é um contra-senso lógico manipular informações e opiniões, no lugar de ouvir e polemizar com o contraditório, até se chegar a um consenso ou a algo próximo disto. Para alguém autoritário, é mais simples baixar a espada do poder ou da lei, ferindo a verdade dos fatos, das evidências ou das opiniões contrárias.

(...)  Os sensos comuns retro-alimentados pelas mídias falam, sem provar, da existência da opinião pública, um conceito ligado à publicidade e à idéia de uma sociedade sem oscilações e diferenças profundas. É verdadeiro que se possa alcançar um consenso relativo sobre uma marca de cerveja. É muito mais difícil provar que na mesma sociedade tudo seja tratado como um produto consumido de modo hegemônico.

Por isso rejeita-se a idéia da existência de uma opinião pública. O que existiriam seriam múltiplas opiniões comuns e especializadas. As primeiras seriam as crenças hegemônicas e consensuais próprias de determinados segmentos sociais e regionais. As segundas seriam as proferidas e sustentadas pelos profissionais da opinião, tais como os jornalistas, juízes, políticos, professores e outros intelectuais".

Luís Carlos Lopes

25 jul 2007


Leia o texto completo no Blog "Notícia da Fonte, 100% pura" clicando aqui.

Nenhum comentário: