"Um dos campos mais interessantes de utilização do vídeo para compreender a televisão na sala de aula é o da análise da informação, para ajudar professores e alunos a perceber melhor as possibilidades e limites da televisão e do jornal como meio informativo.
O professor pode propor inicialmente algumas questões gerais sobre a informação para serem discutidas em pequenos grupos e depois no plenário.
O professor pode propor inicialmente algumas questões gerais sobre a informação para serem discutidas em pequenos grupos e depois no plenário.
- Como eu me informo.
- Que telejornal prefiro e por que.
- O que não gosto deste telejornal e gostaria de mudar.
- Que semelhanças e diferenças percebo nos vários telejornais.
- Que análise faço dos dois principais jornais impressos.
Pode-se fazer uma análise específica de um programa informativo da televisão (por exemplo, do Jornal Nacional) e de dois jornais impressos do dia seguinte. O professor pede a um dos alunos que anote a seqüência das notícias do telejornal e, a outro, que cronometre a duração de cada notícia.
Depois da exibição, o professor pede que os alunos se dividam em grupos e que alguns analisem o telejornal e pelo menos dois analisem os jornais impressos (cada grupo um jornal).
Questões para análise do telejornal
- Que notícias chamaram mais a sua atenção (notícias que sensibilizaram mais, que marcaram mais). Por que.
- Que notícias são mais importantes para cada um ou para o grupo. Por que.
- O que considerou positivo nesta edição do telejornal (técnicas, tratamento de algumas matérias, interpretação...).
- De que discorda neste telejornal (de algumas notícias em particular ou em geral).
Questões para análise do jornal impresso
- Notícias mais importantes para o jornal (quais são as mais importantes da primeira página). Que enfoque é dado?
- Que notícias coincidem com o telejornal (a coincidência é total ou há diferenças de interpretação?).
- Que notícias são diferentes do telejornal (notícias que o telejornal anterior não divulgou)?
- Qual é a opinião do jornal nesse dia (análise dos editoriais, das matérias, que normalmente estão na segunda ou terceira página e não estão assinadas)?
- Que notícias são diferentes do telejornal (notícias que o telejornal anterior não divulgou)?
- Qual é a opinião do jornal nesse dia (análise dos editoriais, das matérias, que normalmente estão na segunda ou terceira página e não estão assinadas)?
O professor pode reconstruir a seqüência das notícias por escrito na frente do plenário e pede ao cronometrista que anote a duração de cada matéria.
Cada grupo coloca no plenário as respostas à primeira questão. O professor procura reconstruir com todos os alunos as notícias mais importantes para a emissora e para o jornal impresso. Vê as coincidências e as discrepâncias. Convém analisar a notícia mais importante com calma, exibindo-a de novo, observando a estrutura, as técnicas utilizadas, as palavras-chave, a interpretação. E assim vão respondendo às outras três questões, sempre confrontando a informação da televisão com a do jornal impresso, observando as omissões mais importantes.
Com esta análise não se chega a uma visão de conjunto, mas se percebe a parcialidade na seleção das notícias, na ênfase dada, na relativização da informação, na espetacularização da televisão como uma das armas importantes para atrair o telespectador".
José Manuel Moran
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